Bancários em greve param agências e pressionam bancos em Belo Horizonte

Manifestação em dia de paralisações de bancos públicos e privados

O primeiro dia de greve em Belo Horizonte e região foi marcado pela forte adesão de bancárias e bancários. Nesta terça-feira, dia 30, 110 unidades de trabalho da base do Sindicato paralisaram suas atividades durante todo o dia.

Os bancárias e bancários decidiram entrar em greve por tempo indeterminado em assembleia realizada na entidade no dia 25 de setembro, após a Fenaban apresentar propostas que não atendem as reivindicações da categoria, se recusando a avançar em discussões sobre questões importantes relacionadas ao emprego, melhores condições de trabalho e saúde. A Fenaban chegou a apresentar uma nova proposta no dia 27 de setembro, mas a categoria também a considerou insuficiente e manteve a decisão pela greve.

No ato público, realizado nesta terça-feira em frente à agência Século da Caixa Econômica Federal, no centro da capital mineira, os bancários mostraram sua força e chamaram a atenção da população para os problemas enfrentados pelos trabalhadores nos bancos. O grupo teatral Cia dos Aflitos apresentou esquetes durante a mobilização.

Nesta quarta-feira, dia 1º de outubro, às 12h, será realizado um novo ato público em frente à Agência Centro do Bradesco, na rua da Bahia, no centro de Belo Horizonte.

Nos primeiros seis meses do ano, o lucro dos cinco maiores bancos – Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Santander e Bradesco – chegou a R$ 28,5 bilhões, valor 16,5% maior do que o mesmo período no ano passado (R$ 24,4 bilhões). Porém, mesmo com o lucro exorbitante, os bancos demitiram 5.331 bancários no mesmo período, gerando sobrecarga de trabalho e aumento das pressões sobre os trabalhadores nas unidades de trabalho.

Além de mecanismos para a manutenção do emprego e mais contratações, a categoria bancária reivindica o fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades, reajuste salarial de 12,5%, PLR de três salários mais R$ 6.247, piso de R$ 2.979,25 e vales alimentação e refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 724 cada um.

Para a presidenta do Sindicato, Eliana Brasil, a grande adesão no primeiro dia da greve mostra a força da categoria e a sua disposição de ir à luta para dobrar a resistência dos banqueiros.

“Bancárias e bancários deixaram claro que não medirão esforços para pressionar os bancos para que a Fenaban apresente uma proposta digna que atenda nossas reivindicações. Daí a importância da participação de todos nas atividades promovidas pelo Sindicato para fortalecermos ainda mais a greve”, ressaltou.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram