Por culpa dos banqueiros, a categoria bancária entrou em greve por tempo indeterminado no dia 24 de setembro. Para diminuir os efeitos para a população, os setores de autoatendimento estão sendo deixados abertos para o uso irrestrito.
A greve foi a única alternativa que restou para os trabalhadores. Durante semanas, os bancários buscaram o caminho do diálogo, mas os donos dos bancos se negam a dar aumento real para os salários e querem reduzir a participação nos lucros e o auxílio-creche/babá dos trabalhadores.
Apesar de cobrarem tarifas e juros exorbitantes e lucrarem bilhões, os bancos recusam-se também a contratar mais funcionários para atender a população e, pior, continuam a demitir, razão das longas filas que tomam conta das agências.
Os bancos também descumprem as normas de segurança bancária nas agências e colocam em risco a vida de bancários, vigilantes e clientes.
Os banqueiros ainda obrigam seus funcionários a vender produtos (como cartões de crédito, seguro, previdência privada entre outros) com metas cada vez mais absurdas, o que incomoda o cliente e causa o adoecimento dos trabalhadores. Se depender dos donos dos bancos, nada disso vai mudar.
“Por tudo isso, a categoria conta com o apoio e compreensão dos cidadãos, pois a nossa greve não tem por objetivo atrapalhar. Pelo contrário, queremos que os bancos brasileiros sejam mais responsáveis com a sociedade, aumentando o número de bancários para o atendimento, reduzindo tarifas e juros, ampliando o crédito e garantindo mais segurança nas agências”, diz o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino.