Unidade na luta para conquistar uma vida melhor para os trabalhadores
Aumenta a adesão dos bancários à greve em todo o Ceará com o fechamento de 299 agências nesta quinta-feira (29) das 447 unidades no Estado. O movimento ganhou força com a participação de centenas de trabalhadores, que percorreram as ruas do centro de Fortaleza, após uma concentração na Praça do Ferreira que juntou os bancários, os funcionários dos Correios, em greve há mais de duas semanas, representantes de vários sindicatos e das centrais sindicais.
“Nós trabalhadores estamos juntos, fortes, na rua, mostrando toda nossa insatisfação com esses patrões que negam trabalho decente ao trabalhador brasileiro”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra. Após a passeata, os trabalhadores decidiram permanecer em greve por tempo indeterminado em assembleia às 17h, realizada na sede do Sindicato.
Na passeata pelas ruas do centro da cidade com carros de som, faixas, cartazes, alegorias e muita palavra de ordem, os bancários do Ceará mostraram à população as principais reivindicações da categoria e explicando o porquê da greve.
A concentração promovida pelos bancários foi na Praça do Ferreira e contou com a participação da CUT, CTB, UGT, Força Sindical, Conlutas e Intersindical, e trabalhadores de várias categorias como Correios, servidores públicos municipais, metalúrgicos, têxteis, eletricitários, comerciários, vigilantes, asseio de conservação, da saúde, rodoviários, da construção civil, jornalistas e movimentos populares, saindo em passeata com destino à sede do Sindicato, onde aconteceu a assembleia da categoria.
A decisão de permanecer em greve foi porque os banqueiros e o governo não apresentaram nova proposta nem marcaram negociação com os trabalhadores. Na assembleia com a participação de representantes de várias categorias, foi aprovada uma moção de repúdio contra todo patrão que pratica violência contra os trabalhadores: governo federal, que utilizou de violência contra carteiros em Brasília, e o governo do Ceará, que usou de violência contra os professores da rede estadual em greve.