Mobilização: resposta para o descaso do banco com o plano de saúde
Os sindicatos de todo país realizaram nesta quarta-feira (4) o Dia Nacional de Luta dos Funcionários do Bradesco. No Rio Grande do Sul houve paralisações, protestos e manifestações para denunciar as dificuldades que os funcionários vêm enfrentando com o atendimento médico, laboratorial, hospitalar e odontológico.
O Bradesco Saúde está defasado em 22 anos. A base de cobertura é ainda de 1989 quando houve a sua contratação. A cobertura não se modernizou conforme os avanços da medicina e dos novos procedimentos médicos que se popularizaram.
Os trabalhadores não possuem atendimento em diversas especialidades, como psicologia, psiquiatria, fonoaudiologia, nutricionista, entre outros procedimentos. Além disso, há limitações para fazer procedimentos em uma mesma especialidade.
A mobilização é a resposta dos bancários diante do descaso do banco, que não resolve os problemas em relação aos planos de saúde e odontológico. O movimento sindical cobra negociações para discutir com seriedade as reivindicações dos funcionários.
A situação é tão precária que o plano dos funcionários do Bradesco sequer é regulado pela lei federal 9656/98 por ser anterior a ela. Conforme a Resolução Normativa (RN) 254 da ANS, a partir do dia 4 de agosto, o Bradesco não poderá mais incluir novos funcionários na apólice de saúde vigente.
Caso o banco não se comprometa a fazer adaptação ou migração para as novas normas, ele terá que abrir uma nova apólice para receber os novos funcionários, o que acabará gerando diferenciação de atendimento entre novos e antigos funcionários.
No Rio Grande do Sul
Segundo informações enviadas pelos sindicatos à Fetrafi-RS, até as 16h30, ocorreram paralisações e protestos em vários municípios. Em Cachoeira do Sul, Camaquã, Rio Grande, Ijuí e Capão da Canoa, os bancários retardaram a abertura de agências por 1h e os sindicatos distribuíram panfletos aos clientes. Já nos municípios de Carazinho, Erechim, Getúlio Vargas e Santo Ângelo, as agências ficaram fechadas até as 12h.
Em Porto Alegre, houve paralisações até as 12h nas agências do Bradesco da General Câmara, Andradas, Otávio Rocha, Siqueira Campos e Prime.
Os demais sindicatos distribuíram panfletos nos locais de trabalho.