Protesto contra falta de funcionários e condições precárias de trabalho
Foram 490 demissões no Bradesco e cerca de 550 no Santander entre janeiro e novembro de 2013 no município do Rio de Janeiro. Esses números motivaram a paralisação realizada na manhã desta quinta-feira, dia 19. Vinte e cinco agências – seis do Bradesco e 19 do Santander – ficaram fechadas até o meio-dia no eixo da Avenida Rio Branco e na Praça Pio X, no centro da cidade.
O número de demissões expõe a política perversa de redução de custos adotada pelos dois bancos. No caso do Santander, a situação é ainda mais dramática, porque tem havido fechamento de agências, mesmo com o grande número de clientes e operações decorrente da administração da conta da prefeitura.
O corte de funcionários é uma das primeiras medidas que as empresas adotam em momentos de crise. Mas nenhum dos dois bancos se encontra em situação difícil. O Bradesco acumula lucro de R$ 8,9 bilhões nos três primeiros trimestres do ano. Já o Santander, embora tenha tido um lucro menor, tem no Brasil a filial mais lucrativa da empresa, respondendo por 24% do total dos resultados obtidos em todo o mundo.
Bancários de Macaé, Petrópolis, Teresópolis e Três Rios reforçaram a mobilização na capital fluminense. “No município do Rio de Janeiro, 1.040 famílias de bancários do Bradesco e do Santander tiveram seu sustento ameaçado pela política de corte de pessoal. Isso considerando as demissões até novembro e somente nos dois bancos que paralisamos. No interior, a situação também é dramática. Os dirigentes sindicais estão organizados e não vão afrouxar a pressão para que os bancos tenham responsabilidade e suspendam as demissões”, anuncia Paulo de Tarso Ferreira, diretor da Fetraf-RJ/ES.
Outras praças
Houve também paralisações na Baixada Fluminense em agências do Santander contra as demissões, cumprindo o calendário nacional. As agências principais nos municípios de Duque de Caxias e Nova Iguaçu tiveram a abertura retardada em duas horas.