Bancários do Rio lançam Campanha Nacional com unidade e mobilização

Dirigentes sindicais chamaram bancários e bancárias a participar da luta

A Campanha Nacional dos Bancários 2014 está nas ruas do Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira (13), o Sindicato dos Bancários do Rio e a Federação dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Fetraf RJ-ES) fizeram o lançamento oficial, percorrendo a Avenida Rio Branco, da Candelária ao Largo da Carioca.

A presidenta em exercício do Sindicato, Adriana Nalesso, falou de sua expectativa para a campanha nacional dos bancários. “Iniciamos nossa campanha nacional neste espaço público tão importante para a cidade, que é o Largo da Carioca”, disse.

As três maiores instituições financeiras privadas que operam no Brasil (Itaú, Bradesco e Santander) apresentaram lucro líquido de R$ 19,7 bilhões no primeiro semestre deste ano, resultado 30,9% superior ao do mesmo período do ano passado.

“Não lutamos apenas por mais salário e melhores condições de trabalho para os bancários. Queremos o fim das demissões e a contratação de mais caixas para melhor atender a população”, frisou Adriana.

Ela cobrou dos bancos responsabilidade social. “Os bancos precisam oferecer mais crédito, com menos juros e respeitar a população com um atendimento digno”. Adriana criticou ainda as metas abusivas e o aumento da pressão e do assédio moral sobre a categoria.

“Nossa categoria está adoecida porque os banqueiros impõem metas inatingíveis. O sistema financeiro precisa atender ao interesse de toda a sociedade e do país e não se limitar a lucrar à custa da exploração de trabalhadores”, completou.

Eleições

O secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos de Souza, lembrou que este ano a campanha dos bancários não está desvinculada das eleições. “Não podemos permitir o retrocesso com a volta da política neoliberal representada pelo PSDB. É importante também elegermos, em nível estadual e federal, parlamentares comprometidos com os trabalhadores”, afirmou.

O presidente da Fetraf RJ-ES, Nilton Damião, o Niltinho, salientou que são os bancos que todos os anos empurram os trabalhadores para a greve. “Que fique bem claro para a população que quem nos empurra para a greve são os banqueiros, pois nós preferimos uma saída negociada. Basta os bancos atenderem às nossas reivindicações, e o setor tem dinheiro de sobra para isto, para que não haja greve”, ressaltou.

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