Os bancários do Pará paralisaram por uma hora, na manhã desta terça-feira, dia 12, uma agência do Itaú Unibanco, em Belém. Segundo o Sindicato dos Bancários do Pará, a mobilização ocorreu em protesto contra as 22 demissões de funcionários do banco na Região Metropolitana de Belém, neste ano.
“Na fusão entre Itaú e Unibanco em 2008, os presidentes Roberto Setúbal e Pedro Moreira prometeram publicamente que o emprego dos funcionários estaria garantindo. Mas o que temos visto de lá pra cá é uma onda de demissões em massa de bancários e bancárias em todo o Brasil, e isso impacta diretamente no atendimento cada vez mais precário que é prestado à população”, afirma o diretor jurídico do Sindicato e também funcionário do Itaú Unibanco, Sandro Mattos.
Em todo o Brasil, segundo reportagem da Exame Finanças, apenas nos meses de abril e maio, cerca de 350 profissionais foram desligados. A maioria dos profissionais demitidos pertencente à área de crédito ao consumidor, que engloba a financeira e o segmento de cartões de crédito. A justificativa do Itaú Unibanco para as demissões é a de fazer a empresa alcançar o grau de eficiência que seus acionistas esperam.
“Para uma empresa que teve um lucro de R$ 3,53 bilhões somente no primeiro trimestre de 2011 é injustificável tanta demissão. E infelizmente mais desligamentos poderão acontecer quando for fechado o centro de processamento de dados do Unibanco, previsto para ocorrer até o fim do ano. Essa informação está criando instabilidade entre os funcionários, piorando substancialmente as condições de trabalho dentro do banco. Isso nós não vamos permitir e faremos o que for preciso em defesa dos bancários”, garante a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
A presidenta da entidade sindical também lembrou que nesse ano um bancário de Belém passou mal durante o expediente e mesmo assim teve que continuar o trabalho, pois foi impedido pela direção do Itaú de interromper o trabalho para buscar atendimento médico.
Segurança
Não bastassem as demissões, a insegurança também faz parte do cotidiano de funcionários e clientes do Itaú Unibanco de Santarém, oeste do Pará. Lá, a porta giratória com detector de metais na entrada da agência nunca existiu. “Em setembro do ano passado fomos até o município, procuramos a gerência do banco que se comprometeu a resolver o problema, mas nada fez até o momento”, denuncia Sandro Mattos.
A instalação de portas de segurança em todos os acessos destinados ao público, blindagem das portas e devida adequação das fachadas de vidro das agências é lei no Pará, sob nº 7.013/2007.