Bancários do Pará mostram força com ato em continuidade da greve geral

Um abraço simbólico ao prédio principal do Banco da Amazônia, em Belém (PA), onde funcionam a agência Belém-Centro e a Matriz do Banco, marcou ontem, 16/10, mais um dia de greve geral dos bancários da base do Pará. O ato demonstrou a unidade e a força dos trabalhadores bancários que se encontram em greve geral em todo o Brasil. A paralisação serviu para mobilizar os empregados, que hoje a tarde, estarão representados pelas entidades em mais uma rodada de negociação específica com o Banco da Amazônia, que acontece às 16 horas. Além dos empregados da Matriz, que estavam presentes massivamente, o ato concentrou também trabalhadores de outras agências do Banco da Amazônia espalhadas pela Região Metropolitana de Belém, além de funcionários dos demais bancos públicos e privados.

“Hoje, 16/10, é um dia fundamental, pois temos negociação com o Banco, então, precisamos manter essa unidade demonstrada nesse ato, onde praticamente todos os empregados da Agência Centro e parte da direção geral participaram. Essa é a nossa força. Precisamos arrancar do Banco a garantia de seguir a Fenaban e o adiantamento de PLR”, disse Sergio Trindade, presidente da AEBA. Homenagens aos bancários que fizeram a história do banco e discursos de protesto pela valorização da instituição de desenvolvimento marcaram o ato promovido pelos bancários, aprovado na assembléia geral realizada ontem, no Sindicato do Pará.

“O Banco da Amazônia tem que continuar priorizando sua função desenvolvimentista de banco público; tem que ser um banco que contribua para a redução das desigualdades regionais e sociais, não um banco que privilegie o mercado, apenas em função do lucro, impondo metas abusivas a seus trabalhadores”, afirmou Sergio. “Não é função do banco público se comportar como agente do mercado, se igualando aos bancos privados”.

A diretoria da AEBA e do Sindicato do Pará se fez presente e conseguiu mobilizar grande parte do funcionalismo do Banco da Amazônia. “Quero agradecer todos os empregados novos, que ingressaram no banco e que estão resistindo e fortalecendo o nosso movimento, assim como aqueles que já lutaram em outros momentos importantes do Banco”, disse Sergio.

O ato foi encerrado com a convocação das entidades para que todos os bancários fortaleçam o movimento grevista até a apresentação de uma proposta digna por parte da Fenaban e conseqüentemente pelo Banco da Amazônia. Os bancários também exigiram respeito ao funcionalismo e o atendimento das reivindicações desta Campanha Salarial, como elevação do índice de reajuste de 7,5%, garantia de que o Banco da Amazônia irá seguir a Fenaban e adiantamento da PLR. Após a negociação de hoje, todos os bancários e bancários devem participar da assembléia, às 18h, no Sindicato do Pará, para deliberar sobre o que será apresentado em mesa pelo Banco.

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