Bancários do Ceará usam peça de teatro para mobilizar a categoria

Em forma de cordel, peça teatral foi aplaudida por bancários e clientes

O Dia Nacional de Luta foi marcado pela mobilização dos bancários em Fortaleza com a apresentação de uma peça de teatro, “O Jegue Tupiniquim Massacra Touro Europeu em Duelo na Caatinga”, nas agências bancárias de Fortaleza, que recebeu aplausos dos clientes e da categoria, nesta segunda-feira, dia 15/9. A peça é em forma de cordel e mostra a contenda entre trabalhadores e patrões.

Com essa forma lúdica, o Sindicato dos Bancários do Ceará mostrou aos bancários a importância da mobilização da categoria para pressionar os bancos a apresentar uma proposta decente que atenda as reivindicações da Campanha Salarial 2014.

A peça é uma alegoria, uma sátira à realidade de hoje, feita por um bancário cearense. Um touro que representa o banqueiro, que explora a população e os funcionários; contra o jegue, um animal resistente do Nordeste que representa a própria sociedade, que resiste no dia-a-dia a todos os ataques que lhes são desferidos contra a sua cidadania, contra a sua dignidade de trabalhador e de cidadão.
Hoje, foram visitadas unidades da Caixa Econômica Federal, Bradesco, Banco do Brasil e Itaú, onde os dirigentes do Sindicato divulgaram a pauta de reivindicações da categoria e falaram sobre as negociações com os bancos, sem avanços. Lembraram que, se for preciso, haverá greve forte, como a categoria tem feito há 10 anos consecutivos para garantir direitos.
Bosco Mota, diretor do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil, destacou a mensagem lúdica da peça de teatro apresentada nas mobilizações, ressaltando as reivindicações da Campanha Salarial. “Estamos de novo sendo testados pelos bancos, que apostam no confronto. Nas negociações, os bancos mostram sua intransigência e a nossa resposta será com uma greve forte. Esperamos a participação de todos”, convocou Bosco Mota.
“Estamos mostrando que os bancos cada dia ficam mais ricos, mais imponentes e esquecem seu papel social, tanto com o bancário que eles exploram, como com os clientes com precariedade no atendimento. Isso reflete a forma como os bancos atendem e tratam o povo. Seus funcionários tomam remédio tarja preta, para suportarem metas abusivas e muita pressão. Quem está na fila não conhece a realidade do bancário”, disse Marcos Francelino, diretor do Sindicato e funcionário do Itaú.
Mateus Neto, diretor do Sindicato e funcionário do Safra, destacou a importância da mobilização “para conquistar proposta que contemple as reivindicações econômicas e nossas demandas sociais. Queremos o fim das metas abusivas e do assédio moral, mais saúde e mais emprego, o fim das terceirizações e mais segurança”.

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