Bancários do BRB aprovam pauta específica para a Campanha Nacional

Revisão do PCS para garantir a jornada de seis horas sem redução de salário, dentre outros ajustes, reajuste salarial de 11%, mais contratações e antecipação da PLR. São essas algumas das reivindicações específicas dos funcionários do BRB para a Campanha Nacional, elencadas na manhã de sábado (31), durante o Seminário dos Funcionários do BRB. O evento contou a ainda com a presença do candidato petista ao GDF, Agnelo Queiroz, cuja candidatura o seminário declarou apoio formal.

“Formatamos a minuta atualizando e discutindo os pontos presentes no acordo coletivo do BRB de 2009-2010 e as resoluções da 12ª Conferência Nacional dos Bancários. Outro importante subsídio foram as reivindicações contidas no ofício que enviamos em meados deste mês em resposta ao presidente do BRB, Nilban de Melo”, esclarece Antonio Eustáquio, funcionário do BRB e diretor do Sindicato. O ofício do Sindicato, contendo sete reivindicações, foi uma resposta a outro do BRB, onde o banco pede uma pauta antecipada para dar início o quanto antes ao processo de negociação.

“O seminário contou com participação expressiva de representantes de diversas unidades do banco. Ao final, todos saíram imbuídos da necessidade de construir uma intensa mobilização visando uma campanha salarial vitoriosa no BRB, juntamente com a Campanha Nacional dos Bancários”, afirma André Nepomuceno, secretário-geral do Sindicato e funcionário do BRB.

Análises de conjuntura

Logo após a abertura do seminário, conduzida por André Nepomuceno e pelo presidente da instituição, Rodrigo Britto, seguiu-se o momento das análises de conjuntura econômica e política. A análise econômica coube ao diretor da subseção do DIEESE no DF, Clóvis Scherer, enquanto a conjuntura política foi comentada por Agnelo Queiroz e Erika Kokay (PT), deputada distrital e candidata a uma vaga para a Câmara dos Deputados.

Clóvis iniciou sua fala ponderando sobre as possibilidades de venda do BRB. “Se na época de Arruda as supostas dificuldades financeiras do BRB eram usadas como argumento para justificar a idéia da venda do controle da instituição, essa tese caiu por terra. No ano de 2009, o BRB teve o melhor resultado de sua história, com um lucro líquido de R$ 190,05 milhões”.

Já Erika Kokay lembrou as árduas batalhas enfrentadas para manter o BRB como um banco público. “Se hoje o BRB se mantém como um dos últimos bancos estaduais públicos, isso não é obra do acaso, e sim de muito esforço dos funcionários. Na época do Arruda, por exemplo, o banco foi obrigado a assinar um acordo para comprar a folha de pagamento do GDF pelo preço de R$ 800 milhões. Se o banco tivesse sido obrigado a cumprir essa decisão, ele certamente teria ido à falência”. Ainda segundo a parlamentar, o BRB deve ser fortalecido para atuar como instrumento das políticas públicas do GDF.

Bancários entregam contribuição ao programa de governo de Agnelo

Antes que Agnelo Queiroz fizesse sua análise, os bancários, representados pelo presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, e pelo secretário-geral, André Nepomuceno, entregaram ao candidato uma contribuição composta de 13 pontos para a gestão do BRB, que Agnelo recebeu e assinou. Entre as propostas contam-se a defesa do BRB como instituição pública, a valorização de seu corpo funcional e sua utilização para o desenvolvimento econômico e social do Distrito Federal.

“Cabe lembrar que o GDF controla cerca de 97% do BRB. Portanto, é papel do GDF saber explorar as muitas potencialidades do banco para proveito do povo do Distrito Federal. Acreditamos que a candidatura de Agnelo é a única de acordo com as expectativas dos trabalhadores para o próximo período, e por isso a apoiamos”, afirma Nepomuceno.

Agnelo reafirmou sua preocupação em construir um programa levando em conta as discussões presentes nos vários setores da sociedade. “Acreditamos que o programa de governo não pode ser obra de uma pessoa só, de um iluminado. Por isso estamos nos reunindo com diversas organizações da sociedade civil, principalmente dos trabalhadores, para formatar nosso programa. São apartes como esse dos bancários que enriquecem e aprimoram a gestão. Tenham certeza que, depois da eleição, esse canal de diálogo entre nós deve permanecer e se intensificar”, afirmou o candidato petista.

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