Nem assédio moral e ameaças dos gestores, nem força policial conseguiram atrapalhar mobilização na agência Bradesco no centro da cidade
(Campina Grande-PB) Apesar da pressão dos gestores e da presença ostensiva da polícia militar, os bancários da agência do Bradesco no centro de Campina Grande, recusaram-se a trabalhar e exerceram seu direito de greve nesta quarta-feira 30, sétimo dia de greve por tempo indeterminado da categoria.
O assédio do banco começou logo nas primeiras horas da manhã, quando o gestor da agência convocou, por telefone, os funcionários para o trabalho. Por volta das 15h, os advogados do Bradesco e um representante da gerência regional chegaram à agência acompanhados por duas viaturas da tropa de choque e começaram a pressionar os funcionários que estavam na porta da agência a entrar.
De posse de um mandado de segurança expedido pelo TRT da Paraíba, banco e policiais queriam abrir a agencia a todo custo. O Sindicato, no entanto, questionou ao Tenente algumas irregularidades sobre o documento judicial e sobre a presença da polícia sem a ordem da justiça.
Depois de toda confusão, nem a Polícia Militar e nem o assédio moral dos gestores conseguiram diminuir o ânimo dos trabalhadores, que superaram a coação e mantiveram-se parados.
Mandato de Segurança – Na última sexta-feira, dia 25, a 3ª Vara do Trabalho de Campina Grande negou o pedido de liminar do Bradesco para um interdito proibitório contra a greve dos bancários.
O Juiz Paulo Nunes de oliveira alegou que o direito de greve está previsto na Constituição Federal e que não tinha motivo para conceder o pedido de interdito. O Bradesco, entretanto, ingressou com um mandado de segurança no TRT da Paraíba, passando por cima da decisão do juiz.