Trabalhadores do Acre referendam greve por tempo indeterminado
Os bancários do Acre referendaram em assembleia realizada nesta segunda-feira (17) a greve por tempo indeterminado da categoria. “Foram os banqueiros que empurraram a categoria para a greve, apesar da alta lucratividade do setor”, justifica o presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela.
Como Fenaban não apresentou uma contraproposta salarial ao Comando Nacional dos Bancários, a categoria resolveu paralisar a partir desta terça-feira (18) por 5% de aumento real, valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da rotatividade, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades.
A greve foi aprovada nas assembleias realizadas na última quarta-feira (12) pelos mais de 130 sindicatos representados pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT.
Proposta insuficiente
Na negociação ocorrida dia 28 de agosto, a Fenaban apresentou uma proposta de 6% de reajuste, 0,58% acima da inflação. De acordo com Batistela, a proposta é insuficiente e não contempla as reivindicações da categoria.
“A grande maioria dos outros setores da economia, menos lucrativos que o financeiro, fez acordos com aumentos reais bem acima desse índice proposto pela Fenaban”, explica Batistela.
Apesar da carta enviada pela Contraf-CUT à Fenaban, no dia 5 de setembro, para informar o calendário de mobilização e reafirmar que os trabalhadores apostavam em uma solução positiva na mesa de negociação, os bancos nada responderam nem marcaram nova rodada de negociação.
As principais reivindicações dos bancários
● Reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%).
● Piso salarial de R$ 2.416,38.
● PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
● Plano de Cargos e Salários para todos os bancários.
● Elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição.
● Mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade.
● Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral
● Mais segurança
● Igualdade de oportunidades.