Trabalhadores cobram melhores condições de trabalho
Ocorreu na quarta-feira (14) a terceira rodada de negociação específica com o Banco Regional de Brasília (BRB). A discussão se concentrou em temas vinculados à saúde e segurança.
O banco informou as ações encaminhadas pela área no que se refere ao atendimento das reivindicações relacionadas ao tema e disse que está regulamentada a obrigatoriedade da pausa para os caixas.
O Sindicato dos Bancários de Brasília cobrou ações concretas para que o BRB faça valer essa regulamentação, de forma que nenhum gestor de PA se exima de cumprir a determinação.
Sobre a aquisição de novos equipamentos que obedeçam aos aspectos ergonômicos, o banco afirmou que novas cadeiras foram adquiridas. Em relação aos maquinários mais modernos, tais como novas leitoras, o banco afirmou que está em processo de licitação para a compra destes.
“É importante os caixas atentarem para a necessidade da pausa, e cobrarem de seus gestores o descanso. Não há desculpas para a não realização. As agências devem se organizar para que todos a façam, pois o que está em jogo é a saúde”, afirma Cristiano Severo, diretor do Sindicato e funcionário do BRB.
Segurança
O banco afirmou que tem uma política sólida de segurança, aprovada pela Polícia Federal, dizendo ainda que dispõe de diversos itens para assegurar a tranquilidade de funcionários e clientes, inclusive itens opcionais. Dentre os mecanismos, o banco frisou que possui vigilantes postados em posições que garantem ângulo de visão que os permitem monitorar tanto o ambiente interno da agência quanto as salas de autoatendimento, uma exigência da PF.
Além disso, o banco destacou que tem portas giratórias com detectores de metais, inclusive manuais em poder dos vigilantes, alarme, tranca de retardo no cofre e ainda câmeras sofisticadas em todas as unidades.
O Sindicato considera importantes tais mecanismos, porém, especialmente diante da criação da função de orientador de autoatendimento, mantém a reivindicação de locação de um vigilante neste ambiente.
“A presença de um vigilante na sala de autoatendimento certamente contribuirá para gerar uma sensação de maior segurança, tanto para os funcionários que ali atuam quanto para os clientes. Ninguém pode ficar em situação vulnerável”, observa Cida Sousa, diretora do Sindicato e funcionária do BRB.
Ainda nesta negociação, o banco afirmou que até sexta-feira (16) enviará uma minuta com todas as cláusulas já discutidas e atendidas, lembrando que dentre elas não constam nenhuma que envolva índices, ou tenham impacto financeiro, pois sobre essas o banco disse ainda estarem em discussão na diretoria.
“É importante atentarmos para a Campanha Nacional 2011, pois a Fenaban até o momento também não apresentou nenhuma proposta econômica, aliás, nenhuma proposta concreta para cláusula alguma. Porém, está agendada para o dia 20 nova negociação em que a Fenaban se comprometeu a apresentar uma proposta global. Dessa forma, cabe ao banco também apresentar o mais breve possível propostas que contemplem as reivindicações econômicas”, destaca o secretário-geral do Sindicato, André Nepomuceno, que também é funcionário do BRB.
Novo PCS
Na negociação, cobrado pelo Sindicato, o banco afirmou que está praticamente definida uma proposta que contemple a resolução da questão da 7ª e 8ª horas, e que o Plano de Cargos e Salários (PCS) para a carreira de advogados será apresentada o mais tardar até o final deste mês.
“O banco se comprometeu em apresentar propostas sobre estes itens ainda na primeira quinzena do mês, porém agora diz que isto ocorrerá até o final de setembro. É preciso mais agilidade”, cobra Antonio Eustáquio, diretor do Sindicato e funcionário do BRB.
Nova negociação ficou agendada para o dia 22 de setembro.
“Nossa campanha está se afunilando. E a mobilização precisa crescer. O Sindicato tem percorrido agências e prédios de todos os bancos chamando os bancários à responsabilidade, pois a campanha se constrói com a participação de todos, e os bancários do BRB também precisam dar sua contribuição” conclui Cristiano.
“A discussão da campanha precisa ser intensificada. Agende uma reunião em seu local de trabalho e chame o Sindicato”, solicita Manuel Duque, diretor do Sindicato e funcionário do BRB.