Bancários denunciam assédio moral na Superintendência do BB no Ceará

Protesto contra descomissionamento por não cumprimento de metas

Diante da postura do superintendente do Banco do Brasil no Ceará, que em reunião na terça-feira (5) afirmou poder realizar descomissionamento por ato de gestão, desrespeitando assim o Acordo Coletivo de Trabalhao (ACT) 2011/2012, o Sindicato dos Bancários do Ceará realizou nesta sexta-feira (8) um ato de protesto em frente à sede da Superintendência e de agências do BB, em Fortaleza, denunciando essa postura cada vez mais negativa.

“Não podemos admitir que isso aconteça, pois se se alastrar pode virar moda em todo o banco. Não aceitamos essa imoralidade e o Sindicato está pronto para dar uma resposta com medidas, inclusive, políticas e jurídicas”, disse o presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra.

O desrespeito do BB no Ceará, ao acordo coletivo e à burla de uma conquista dos funcionários na Campanha Nacional dos Bancários de 2011, que proíbe a perda de função antes da terceira avaliação de desempenho negativa, foi o mote do ato de protesto do Sindicato. A Superintendência Estadual ameaçou de descomissionamento gerentes pelo não cumprimento de metas abusivas impostas pelo banco.

O ato foi momento de protestar, mobilizar os funcionários do BB e pedir apoio da sociedade, em defesa dos trabalhadores ameaçados de perderem suas comissões. Também foi protesto contra a atuação da Super e Gepes de não reconhecerem o acordo coletivo que protege os colegas de um ataque.

“Esse ato é de mobilização dos colegas para que possam enfrentar esse momento, demonstrar nossa indignação e fazer o banco entender o equívoco que está cometendo”, completou o presidente do Sindicato.

Os dirigentes do Sindicato visitaram todas as unidades da Super do BB, mostrando aos bancários a postura do banco e informaram que vão ser tomadas ações políticas e jurídicas contra essa burla do acordo coletivo do BB, com denúncias à direção geral do banco, em Brasília, à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego e ao Ministério Público do Trabalho.

José Eduardo Marinho, diretor do Sindicato, repudiou essa política desumana do BB. “Isso é assédio moral, isso é um absurdo”, disse.

Para o dirigente sindical, “o banco precisa ser provocado a mudar esta prática desumana de chantagear os funcionários com a perda de comissões até em casos como estes, como se a culpa fosse do bancário e esse ato foi só o começo”.

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