Os bancários de São Paulo farão nesta sexta-feira, dia 25, o segundo dia da greve por tempo indeterminado para que os banqueiros voltem à mesa de negociação com uma nova proposta global, mas decente, que respeite as necessidades da categoria. Essa foi a decisão da assembleia realizada na tarde da quinta-feira, dia 24.
No primeiro dia, cerca de 29 mil bancários cruzaram os braços em 679 locais de trabalho de São Paulo, Osasco e região – principalmente no centro da capital e na Paulista.
Sete prédios administrativos (concentrações) fecharam: Unibanco Patriarca e Boa Vista, Nossa Caixa XV de Novembro e Tesouro, Banco do Brasil Complexo São João e Verbo Divino. Os mais de 2 mil bancários e terceirizados do Bradesco Alphaville pararam até as 10h.
“Os trabalhadores estão superando muitos obstáculos para participar da greve”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, lembrando que os bancos estão acionando a Polícia Militar para forçar a abertura das agências e armando esquemas absurdos de contingenciamento, obrigando os bancários a mudar de local de trabalho ou entrar de madrugada.
“Em vez de investir tempo e dinheiro na solução da campanha, atendendo às justas reivindicações da categoria, os bancos estão pagando táxi e hora extra para que os trabalhadores cheguem às 4h, 5h da manhã nas agências e concentrações”, relata Marcolino, destacando a importância das denúncias que chegam ao Sindicato sobre o contigenciamento imposto pelos bancos.
“São trabalhadores revoltados com a situação em que o banco os coloca. E a maneira certa de sair disso é dizer não. A greve tem de ser construída pelo trabalhador. Cada um tem de fazer sua parte, parar e ajudar a fechar outros locais”, diz Marcolino, destacando que todo o contingente do Sindicato, entre dirigentes sindicais e funcionários, soma cerca de 200 pessoas.
“É impossível para o Sindicato estar nas cerca de 4 mil agências e concentrações. Os bancários devem ir à assembléia ou passar no Sindicato (Rua São Bento, 413, Centro) para pegar material (milhares de faixas, adesivos, cartazes estão à disposição) e com outros colegas parar seu local de trabalho. Somos mais de 465 mil trabalhadores no Brasil, 134 mil em São Paulo, Osasco e região. Nossa união pode fazer os banqueiros cederem e pagar o que nos devem”, completa o presidente do Sindicato.
Nacional
No primeiro dia de greve, bancários de todos os estados do país cruzaram os braços, nas capitais e em diversos municípios. Segundo levantamento feito pela Contraf-CUT, foram 2.881 agências fechadas, além de centros administrativos.
Passeata
Os bancários fazem passeata na Avenida Paulista nesta sexta-feira 25, saindo da Praça Osvaldo Cruz às 15h. O objetivo é denunciar à população que a péssima proposta dos banqueiros empurrou os trabalhadores para a greve.
A caminhada será encerrada em frente à matriz do banco Real, onde fica o presidente da federação dos bancos, Fábio Barbosa.
Tv Bancários
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