Manifestação em frente a uma das entradas da Cidade de Deus
Os trabalhadores do Bradesco promoveram manifestações em todos os estados nesta quarta-feira (4), no Dia Nacional de Luta, para pressionar o banco a negociar as reivindicações da categoria e melhorar os planos Bradesco Saúde e Odontoprev.
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“O Bradesco não pode demorar para melhorar os convênios médico e odontológico dos funcionários. Todas as nossas propostas são viáveis e podem ser adotadas de imediato pela instituição financeira. Com saúde não se brinca”, cobrou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, que esteve pela manhã com os trabalhadores da Nova Central.
Houve protestos também na Cidade de Deus, Núcleo Alphaville, Prime da Paulista e Bradesco Financiamento do Morumbi.
“A receptividade dos bancários foi muito boa em todos os locais, pois o problema atinge a todos”, relata Anatiana Alves, dirigente da Fetec/CUT-SP.
Os bancários receberam material específico, com detalhes sobre as dificuldades enfrentadas no atendimento médico e a necessidade de ampliação da rede credenciada.
“O Bradesco Saúde está defasado em 22 anos. O descaso é tanto que o plano dos funcionários do Bradesco sequer é regulado pela Lei Federal 9656/98”, informa o jornal Raios, elaborado pela Contraf-CUT.
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Plano de saúde na aposentadoria, inclusão de pais e mães no convênio e ampliação de especialidades, como psiquiatria, fonoaudiologia, psicoterapia e nutricionista, estão entre as reivindicações.
“O índice de adoecimento na categoria é muito grande. Muitos são afastados por depressão, síndrome do pânico e outros problemas psicológicos, porém o plano não cobre esse tipo de tratamento”, explica Anatiana. “Ou seja, o banco contribui para o adoecimento do funcionário, mas não ajuda na recuperação.”
Já na área odontológica, a maior queixa dos funcionários é a saída de profissionais após a fusão da Odontoprev com o Bradesco. Com as mudanças, algumas regiões que tinham poucos profissionais, agora não têm nenhum.
“Sem falar na piora da qualidade do serviço e da defasagem na cobertura”, completa Anatiana. “Apesar do discurso de responsabilidade social e valorização dos funcionários, o banco não avançou nas propostas na última negociação. Esperamos que na próxima eles apresentem algo concreto”.