Ainda sem nova proposta da federação dos bancos (Fenaban), mais de 28 mil bancários de São Paulo, Osasco e região foram abrangidos pela greve nesta quinta-feira 30 de setembro, segundo dia de mobilização. O balanço final aponta que 645 agências bancárias e 14 centros administrativos foram paralisados.
No primeiro dia, foram 610 locais fechados, sendo 12 centros administrativos e 598 agências, abrangendo 24 mil trabalhadores em São Paulo, Osasco e região. No Brasil inteiro, segundo a Contraf-CUT, foram 3.864 agências.
A greve por tempo indeterminado foi aprovada em assembleia realizada na noite da terça-feira 28 por mais de dois mil trabalhadores. Os bancários rejeitaram proposta da federação dos bancos (Fenaban) que previa apenas a reposição da inflação (4,29%). Até agora os bancos não retomaram as negociações e nem apresentaram proposta de aumento real.
“Estamos dispostos a negociar. O fim da greve está nas mãos dos banqueiros, basta que apresentem uma proposta à altura do empenho dos bancários, da lucratividade elevado dos bancos e do cenário de crescimento econômico no país e no setor financeiro”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Ela destaca que, mesmo antes de entrar na greve, os bancários fizeram uma última tentativa e encaminharam uma carta ao presidente da Fenaban, Fábio Barbosa, cobrando negociação e proposta, mas a entidade patronal não respondeu.