Em assembleia encerrada na quarta-feira (12), em Porto Velho, os bancários de Rondônia, comprovando a insatisfação geral com a proposta dos bancos apresentada no dia 28 de agosto, de 6% de reajuste sobre todas as verbas salariais, decidiram, por unanimidade, aderir à greve nacional, que começa a partir da próxima
terça-feira (18), em todo o território brasileiro.
A paralisação, segundo o presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB/RO), José Pinheiro é, sobretudo, culpa dos próprios bancos, que nas mesas de negociação com o Comando Nacional dos Bancários – todas em São Paulo – disseram “não” para a maioria das reivindicações.
“Estivemos participando de todas as rodadas com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e, em dado momento, chegamos a acreditar mesmo na declaração dos banqueiros de que eles queriam resolver as questões nas mesas de negociação. Discutimos os pontos
específicos, como saúde, segurança, condições de trabalho, emprego e
igualdade de oportunidades, e percebemos quase nenhum avanço. Agora eles insistem com essa proposta de reajuste de apenas 6% linear (o que significa aumento real de apenas 0,58%), para todas as verbas, e isso comprova mais uma vez que, mesmo sendo nós os trabalhadores os responsáveis pelos bilhões de lucros destas instituições, ainda assim somos desvalorizados, desrespeitados e humilhados. Portanto, esperamos que até o dia 17, dia anterior à paralisação geral, os bancos tomem uma postura mais favorável a nós bancários, do contrário, vamos parar por tempo indeterminado”, disse o presidente.