Bancários de Porto Alegre fortalecem greve e paralisam 385 agências

Indignados, bancários ampliaram paralisações no segundo dia de greve

O recado está dado para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban): os bancários não estão de brincadeira. Se o número de 356 agências paralisadas já apresentou no primeiro dia um crescimento de 41,3% em comparação a 2013, neste segundo dia a mobilização cresceu e atingiu 385 locais de trabalho em Porto Alegre e Região.

“A exemplo do que ocorreu nos outros anos, a tendência é que a greve continue crescendo nos próximos dias. Os bancários estão dando o seu recado para a Fenaban e esperamos que os bancos apresentem uma proposta decente que possa nos tirar deste impasse”, analisa o presidente do SindBancários, Everton Gimenis.

Conforme dados da Fetrafi-RS, a greve também cresceu no interior do Rio Grande do Sul, alcançando 534 unidades. Com isso, a paralisação totalizou 919 agências no Estado. Agora é continuar fortalecendo o movimento para dobrar a intransigência dos banqueiros.

Acorda, Banrisul

Na manhã e parte da tarde desta quarta-feira, os banrisulenses tiraram a diretoria do sono profundo. Com muita participação, mobilização, indignação e vontade de conquistar direitos, os funcionários, junto com apoiadores e bancários de outros bancos públicos e privados, fizeram em frente à agência Central, na Praça da Alfândega, uma forte manifestação chamada Acorda, Banrisul.

Houve apitaço, cornetaço e gritaço, dando o tom da indignação que só cresce no Banrisul, após o cancelamento das negociações específicas.

Ato no Banco Central nesta quinta

Os olhos da categoria se movem nesta quinta-feira (2) para uma pauta que atinge todos os brasileiros: a independência do Banco Central.

A partir das 11h, os bancários estão convocados para se concentrarem na Praça da Alfândega, entre o Banrisul e a Caixa. Às 11h45, partem em direção ao BC, na rua Alberto Bins, onde irão chamar a atenção da população dos prejuízos que um Banco Central a serviço das instituições financeiras pode trazer ao País.

No ato, também será alertado para o ataque aos direitos. É do BC que partem as resoluções que permitem a terceirização nos bancos, como os correspondentes bancários. A terceirização retira direitos dos bancários.

O diretor da Fetrafi-RS, Juberlei Bacelo, disse que lutar contra a independência do BC faz parte da história de luta dos bancários. “A nossa greve cresce a cada dia. E os bancários sabem que temos um compromisso também com a sociedade. O BC independente significa ficar na mão dos banqueiros. Não podemos deixar os banqueiros decidir como vai ser a nossa vida”, alerta Juberlei.

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