A agência do Unibanco localizada na Avenida Wenceslau Escobar, na Zona Sul de Porto Alegre, foi fechada nesta sexta-feira, 16. Os diretores da Fetrafi-RS e do Sindicato de Porto Alegre (SindBancários) paralisaram o atendimento na unidade que passa por reformas. O ambiente não oferece condições de trabalho aos funcionários do banco nem de atendimento aos clientes e usuários.
A agência está sendo submetida a reformas internas e externas para adequação do layout ao padrão do Itaú. Já na calçada em frente à unidade, máquinas, pedras, cimento e buracos tumultuam a chegada dos clientes. No interior o cenário é o mesmo. O canteiro de obras é completo com ferramentas de pedreiros, sacos de cimento, latas de tinta destampadas, lonas e papelões espalhados pelo chão, além de tábuas e móveis amontoados por todo lado. A poeira na agência e o barulho das máquinas perturbam os trabalhadores, que convivem com as mudanças durante todo o horário de expediente.
Segundo o diretor de Saúde da Fetrafi-RS, Amaro Souza, a paralisação é obrigatória devido à falta de condições de trabalho. “Estamos cobrando da direção do banco a garantia de um ambiente de trabalho limpo e saudável. As instituições devem resguardar a saúde de seus funcionários e estas atitudes demonstram que a responsabilidade pelo bem-estar dos empregados não é um tema prioritário para a direção do Itaú Unibanco. Como diz a campanha: Tudo tem Limite! E esta situação já extrapolou todos os limites”, afirma Amaro.
O processo de reforma está sendo executado em todas as agências do Unibanco. Em reunião realizada com o movimento sindical no dia 02 de junho, o superintendente de Relações Trabalhistas do banco, Geraldo Martins, garantiu que o tombamento das unidades do Unibanco não causaria prejuízos aos funcionários. Na reunião, Martins disse ainda que as reformas não seriam executadas durante o horário de expediente e que as agências sem condições de funcionamento permaneceriam fechadas. A palavra do superintendente, no entanto, não está sendo cumprida.
