Bancários de Porto Alegre aprovam greve. Banrisul paralisa 24h no dia 29

Os bancários aprovaram em assembleias realizadas na noite desta quarta-feira, dia 23, greve nacional por tempo indeterminado a partir de quinta-feira, dia 8. O movimento dos empregados do Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e bancos privados, foi deflagrado por unanimidade, porque os bancos não apresentaram nova proposta depois da mesa de negociações da semana passada, dia 17, quando a categoria rejeitou o índice de 4,5% de reajuste apresentado pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

Assembleia de avaliação do Banco do Brasil acontece nesta quinta-feira, às 16h, na Casa dos Bancários, 3º andar. Os empregados da Caixa Econômica Federal se reúnem no Clube do Comércio, também às 16h.

Os funcionários do Banrisul decidiram por uma paralisação de 24 horas na terça-feira, dia 29, data em que o Comando dos Banrisulenses negocia com a direção do banco a pauta específica. Nova assembleia ocorre após a reunião.

Os cerca de 1 mil bancários, que atenderam orientação por greve do Comando Nacional, exigem a retomada das negociações com a Fenaban e uma proposta que atenda aos itens da minuta de reivindicações da categoria.

“O clima demonstrado nas assembleias revela a mobilização dos bancários para construir um caminho de luta para avançar nas conquistas de nossas reivindicações. O setor financeiro navegou em mar tranquilo no primeiro semestre, com lucros astronômicos, revelando quer podem aumentar o índice apresentado”, comenta o presidente do SindBancários, Juberlei Baes Bacelo.

Com lucros nas alturas e em condições de conceder aumento real, os banqueiros ameaçam com redução da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o auxílio creche e outros itens.

No primeiro semestre de 2009, os 21 maiores bancos do Brasil obtiveram lucro líquido de R$ 14,3 bilhões. Este foi o melhor desempenho entre as empresas de capital aberto do país, conquistado graças à cobrança da tarifas abusivas e taxas juros mais elevadas do planeta.

Veja as reivindicações dos bancários:

– Reajuste salarial de 10% (reposição da inflação mais aumento real).
– Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 3.850.
– Valorização dos pisos:
Portaria: R$ 1.432.
Escriturário: R$ 2.047 (salário mínimo do Dieese).
Caixa: R$ 2.763,45.
Primeiro comissionado: R$ 3.477,00.
Primeiro gerente: R$4. 605,73.
Refeição: R$ 19,25.
– Cesta-alimentação: R$ 465,00 (um salário mínimo).
– 13ª cesta-alimentação: R$ 465,00.
– Auxílio-creche/babá: R$ 465,00.
– Fim das metas abusivas e do assédio moral.
– Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos, negociado com as entidades sindicais.
– Contratação da remuneração total, inclusive a parte variável, com a incorporação dos valores aos salários e reflexo em todos os direitos (13º, férias e aposentadoria) – com o objetivo de acabar com as metas abusivas.
– Garantia de emprego, fim das terceirizações, mais contratações e aplicação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que inibe demissões imotivadas.
– Segurança contra assaltos e sequestros, com a retomada imediata da Comissão de Segurança Bancária, proibição ao transporte de valores pelos bancários e adicional de risco de vida.
– Auxílio-educação para todos.
– Ampliação da licença-maternidade para seis meses.
– Planos de previdência complementar para todos os bancários.

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