Bancários de Piracicaba rejeitam proposta dos bancos e decidem greve

A proposta apresentada pela Fenaban foi rejeitada por unanimidade

Os bancários de Piracicaba e Região decidiram ratificar a orientação do Comando Nacional de iniciar a greve na próxima terça-feira, dia 30. A decisão foi tomada durante a Assembleia Geral Extraordinária em caráter permanente, realizada na noite desta quinta-feira 25, na sede do SINDBAN (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região).

Representando oito cidades, 164 bancários de dez bancos definiram nesta noite a paralisação a partir da 0h dia 30 e uma nova assembleia de ratificação foi marcada para o dia que antecede a greve, 29. A proposta apresentada pela Fenaban foi rejeitada por unanimidade e, dos 164 bancários que participaram das assembleias (Piracicaba, São Pedro e Santa Bárbara D’Oeste), 158 aprovaram a greve por tempo indeterminado, três não se manifestaram e três se abstiveram.

“Neste ano, optamos em esgotar todas as possibilidades de negociação, por isso foram sete rodadas, mas os banqueiros fizeram uma proposta insuficiente. Nós não queríamos greve, mas um acordo. Por isso faremos o máximo possível para garantir nossas reivindicações, porém sem prejudicar os clientes”, afirmou a presidenta em exercício do SINDBAN, Angela Ulices Savian.

Assembleias itinerantes

Nesta quinta-feira, duas assembleias itinerantes foram realizadas durante a manhã nas cidades de São Pedro e Santa Bárbara D’Oeste. Em ambas as cidades os bancários rejeitaram a proposta da Fenaban e aprovaram o indicativo de greve.

Amanhã, 26, as assembleias itinerantes acontecem em Capivari e Tietê.

Reivindicações

As principais reivindicações dos bancários: reajuste salarial de 12,5%; PLR: três salários mais R$ 6.247,00; piso: R$ 2.979,25; vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 cada; melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, fim da rotatividade e combate às terceirizações; auxílio-educação: pagamento para graduação e pós; prevenção contra assaltos e sequestros; e igualdade de oportunidades para todos.

Proposta dos banqueiros

Reajuste de 7% (0,61% de aumento real); piso escritório após 90 dias – R$ 1.771,73 (1,08% acima da inflação); piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.393,33 (salário mais gratificação mais outras verbas de caixa), significando 1,08% de aumento real); PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 1.812,58, limitado a R$ 9.723,61; auxílio-refeição – R$ 24,14; auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 425,20; auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 353,86; auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 302,71; gratificação de compensador de cheques – R$ 137,52; e requalificação profissional – R$ 1.210,04.

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