Trabalhadores rejeitaram proposta de 6,1% dos bancos
Em assembleia realizada na noite desta quinta-feira, dia 12, mais de 300 bancários de bancos públicos e privados de Curitiba e região rejeitaram a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), de 6,1% de reajuste, e aprovaram, por ampla maioria, indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia 19.
A proposta de 6,1% de reajuste sobre os salários e demais verbas não atende as reivindicações dos bancários, que tem como prioridades para 2013 o fim das metas abusivas e do assédio moral, a defesa do emprego e a valorização dos salários. Confira abaixo mais detalhes da minuta de reivindicações dos trabalhadores e da proposta patronal:
A proposta da Fenaban:
> Reajuste de 6,1% (reposição da inflação) sobre salários, pisos e todas as demais verbas salariais.
> PLR de 90% do salário, mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61. Parcela adicional de 2% do lucro líquido dividido linearmente entre todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.
> Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.
> Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias de assédio moral encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.
> Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.
> Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.
As reivindicações dos bancários:
> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação).
> PLR de três salários mais R$ 5.553,15.
> Piso de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
> Fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações (especialmente ao PL 4.330, que precariza as condições de trabalho), além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS)para todos os bancários.
> Auxílio-educação com pagamento para graduação e pós-graduação.
> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.