Bancários de Criciúma rejeitam proposta da Fenaban e aprovam greve

Sem proposta decente, categoria irá parar a partir de terça-feira

Em assembleia realizada na noite de quarta-feira, dia 12 em Criciúma, os bancários aprovaram a paralisação das atividades a partir da próxima terça-feira, dia 18. Essa deverá ser a 10ª greve consecutiva dos bancários na região.

“Continuamos acreditamos no diálogo e apostamos no processo de negociações, aguardamos manifestação da Fenaban com uma nova proposta, desta vez decente, até o dia 17, para que possamos submetê-la à apreciação das assembléias, do contrário a categoria estará mobilizada para entrar em greve, pois somente nós trabalhadores podem fazer algo por nós mesmos”, avalia Ronald Pagel Soares, presidente do Sindicato dos Bancários de Criciúma e região.

Edegar Generoso, diretor do Sindicato, ressaltou que a greve é um grande NÃO a tudo que os banqueiros estão oferecendo. “É a nossa postura pela melhoria nas nossas condições de trabalho, chega de só metas e bancários adoecendo”, diz.

As assembleias aconteceram em todo país. Os bancários rejeitaram 6% de reajuste, o que representa a inflação do último ano de 5,39% e 0,58% de aumento real.

A categoria reivindica reajuste de 10,25%, piso salarial de R$ 2.416,38, PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, Plano de Cargos e Salários para todos os bancários e elevação para R$ 622 dos valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição. O piso dos bancos privados é de R$ .400,00; Caixa – R$ 1.800,00 e Banco do Brasil – R$ 1.760,00.

Os cinco maiores bancos tiveram R$ 50,7 bilhões de lucro líquido em 2011, com uma rentabilidade superior a 21,2%, a maior do mundo. No primeiro semestre deste ano, as mesmas instituições apresentaram lucro líquido de R$ 24,6 bilhões, maior que em igual período do ano passado.

Foram várias rodadas de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Fenaban.

São cerca de 800 trabalhadores distribuídos em nove municípios da base do Sindicato: Criciúma, Içara, Siderópolis, Treviso, Urussanga, Cocal do Sul, Morro da Fumaça, Forquilhinha e Nova Veneza. Eles atuam em 61 locais de trabalho.

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