Reunidos em assembléia geral, na noite desta quinta-feira, dia 22, na sede do Sindicato, os bancários de Campo Grande e Região votaram pela rejeição da contraproposta da Fenaban e pelo indicativo de greve a partir de terça-feira, dia 27.
Seguindo a orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, o Sindicato realizou todos os procedimentos legais com os devidos encaminhamentos, chamando a categoria para a assembléia geral, explicando o motivo pela qual ficava difícil aceitar o índice oferecido pelos bancos, quando todos têm conhecimento de que os lucros auferidos nos últimos tempos são suficientes para atender a pauta de reivindicações da categoria.
A votação foi unânime pela rejeição, definindo a posição dos bancários de Campo Grande nesta Campanha Nacional, unificando a luta e pautando o Comando Nacional nesta luta que é todos os bancários do Brasil.
A pauta apresentada pela categoria está dentro do aceitável nestas negociações, em função da divulgação dos lucros obtidos pelos bancos, fruto do esforço de cada trabalhador dentro da instituição, suportando todo tipo de pressão e assédio moral e mesmo assim conquistando altos valores para os banqueiros.
As principais reivindicações da categoria:
– Reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%).
– Piso igual ao salário mínimo do Dieese: R$ 2.297,51 (em junho).
– PLR: três salários mais R$ 4.500.
– Plano de Cargos e Salários (PCS) em todos os bancos.
– Gratificação semestral de 1,5 salário para todos os bancários.
– Contratação da remuneração total dos bancários.
– Vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio creche/babá iguais ao salário mínimo (R$ 545).
– Auxílio-educação para todos os bancários.
– Previdência complementar para todos os bancários.
Proposta dos Bancos
A proposta dos patrões inclui reajuste de 7,8% sobre os salários e as demais verbas (vale-refeição, cesta-alimentação, auxílio creche/baba, dentre outras), o que equivale a apenas 0,37% de aumento acima da inflação medida pelo INPC do período. Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% no salário (inflação do período mais aumento real de 5%) e R$ 545 para cada uma dessas verbas.
Diante desta posição dos bancos, a categoria de Campo Grande decidiu pela rejeição da contraproposta, votando pelo indicativo de greve. Antes disso, na segunda-feira, dia 26, uma outra assembléia vai acontecer para avaliar uma reunião entre o Comando Nacional e os bancos, que ocorre nesta sexta-feira, dia 23, em São Paulo. Se permanecer a proposta rejeitada dos banqueiros, a categoria vai ratificar a greve por tempo indeterminado.