Bancários de Campina Grande aprovam greve nacional a partir do dia 30

Trabalhadores consideram insuficientes as propostas dos bancos

Por unanimidade, os bancários de Campina Grande (PB) aprovaram paralisar suas atividades por tempo indeterminado, a partir da próxima terça-feira, dia 30. A greve foi decidida em assembleia realizada na noite desta quinta-feira, dia 25, no auditório do Sindicato, que contou com a presença ativa dos bancários.

Durante a assembleia, o presidente do Sindicato dos Bancários de Campina Grande e Região, Rostand Lucena, lembrou que as prioridades da categoria não contemplam somente os itens econômicos e que é preciso avançar nas questões sociais.

“Infelizmente ainda não conseguimos progredir nas cláusulas sociais. A categoria tem sofrido vários problemas, são centenas de afastamentos envolvendo cobranças abusivas de metas, assédio moral, entre outros. E os bancos não estão dando atenção para essas questões”, destacou.

Rostand ressaltou ainda a importância da segurança. “Nesta questão, os avanços são mínimos diante de problemas tão graves. Os bancos também não querem tratar com devida seriedade a segurança bancária”, disse.

O presidente do Sindicato convocou todos os bancários para a mobilização efetiva. “Greve é atividade do trabalhador, não apenas do Sindicato. É importante que todos contribuam e participem ativamente”, frisou.

A decisão de parar as atividades foi tomada depois que os bancos frustraram as expectativas da categoria e não apresentaram propostas satisfatórias as reivindicações dos bancários, nas últimas rodadas de negociações.

O Comando Nacional considerou insuficiente a proposta apresentada pela Fenaban, que prevê de 7% para salários, vales e auxílios – o que representa aumento real de 0,61%. Para o piso, a recomposição seria de 7,5% – ganho real de 1,08%. E nada para questões fundamentais para a categoria, como o fim das demissões, da pressão por metas abusivas, das metas que mudam todos os dias, da sobrecarga de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades.

Os bancários reivindicam 12,5% de reajuste, piso de R$ 2.979,25 e aumento maior para os vales refeição, alimentação e auxílio-creche/babá.

Também foram consideradas insatisfatórias as propostas do Banco do Brasil, do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e da Caixa Econômica Federal.

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