Bancários de Campina Grande aprovam greve a partir desta quinta

Os bancários de Campina Grande e Região vão parar as atividades a partir desta quinta-feira, dia 24 de setembro. A greve, aprovada na assembleia que aconteceu no início da noite desta quarta-feira, dia 23, será por tempo indeterminado. O movimento nacional é consequência da intransigência dos banqueiros que não avançam nas negociações da Campanha Salarial 2009.

Os banqueiros começaram mal as negociações, apresentando proposta econômica insuficiente e recusando as reivindicações apresentadas pelos bancários, desde as que tratam de direitos da categoria até as que buscam melhorar o atendimento à população, como a ampliação do horário de atendimento ao público.

A última reunião de negociação aconteceu no dia 17, quando a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou ao Comando Nacional dos Bancários uma proposta de reajuste salarial de apenas 4,5%, ficando muito aquém do índice de 10% reivindicado. Já a proposta de participação nos lucros e resultados (PLR) é inferior a do ano passado, principalmente para quem ganha salários menores. Os banqueiros também não avançaram nas demais reivindicações da categoria.

A proposta global da Fenaban foi rejeitada pelo Comando na mesa de negociação. A rejeição foi confirmada na assembleia de hoje.

Veja as principais reivindicações dos bancários:

Reajuste salarial de 10%.

Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 3.850.

Valorização dos pisos:
Portaria: R$ 1.432.
Escriturário: R$ 2.047 (salário mínimo do Dieese).
Caixa: R$ 2.763,45.
Primeiro comissionado: R$ 3.477,00.
Primeiro gerente: R$4. 605,73.

Auxílio-refeição: R$ 19,25.

Cesta-alimentação: R$ 465,00 (um salário mínimo).

13ª cesta-alimentação: R$ 465,00.

Auxílio-creche/babá: R$ 465,00.

Fim das metas abusivas e do assédio moral.

Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos, negociado com as entidades sindicais.

Fim das metas abusivas.

Garantia de emprego, fim das terceirizações, mais contratações e aplicação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que inibe demissões imotivadas.

Segurança contra assaltos e sequestros, com a retomada imediata da Comissão de Segurança Bancária, proibição ao transporte de valores pelos bancários e adicional de risco de vida.

Auxílio-educação para todos.

Ampliação da licença-maternidade para seis meses.

Medidas para reduzir o tempo de espera nas filas.

Ampliação do horário de atendimento ao público.

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