Na próxima sexta-feira, dia 14, quatro dias depois de o Comando Nacional dos Bancários entregar a pauta de reivindicações à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), os bancários de Brasília irão às ruas para dar início à Campanha Nacional 2009. A concentração ocorre a partir das 9h, na Sede do Sindicato, onde sairão em marcha pela W3, denunciando que “Bancos abusam” e questionando: “Cadê a Responsabilidade Social?”.
“Vamos mostrar à sociedade que, enquanto continuam tendo lucros astronômicos, mesmo durante a crise, os bancos pagam baixos salários, promovem demissões, forçam o bancário à sobrecarga de trabalho, exigem metas absurdas, impulsionam o assédio moral, não garantem adequada segurança, agem com descaso em relação à saúde do trabalhador, cobram tarifas e juros altos e oferecem péssimas condições de atendimento à sciedade, com filas, demoras e outros transtornos”, explica Rodrigo Britto, presidente do Sindicato.
“Mostraremos que, mesmo passando ilesos da crise, os grandes bancos privados, ao contrário do que tentam mostrar nas propagandas, nada colaboraram para a geração de emprego e renda, para o crescimento do país, e lucraram alto com a exploração de mão de obra e dos recursos e paciência dos clientes”, acrescenta.
Ao chegar ao Eixo Monumental, a marcha dos bancários se encontrará com milhares de outros trabalhadores urbanos e rurais sem terra que estarão realizando também uma caminhada, convocada pela centrais
sindicais para cobrar redução da jornada de trabalho, sem redução de salários, mais emprego, mais renda, mais direitos aos trabalhadores, redução de juros, mais crédito e investimentos para a promoção do desenvolvimento.
A manifestação partirá da Torre de TV e, engrossada pelos bancários no meio do caminho, seguirá em direção ao Banco Central.
A Campanha Nacional 2009 vem sendo construída há vários meses, com encontros por locais de trabalho, eleição de delegados sindicais, encontros temáticos, congressos por bancos e por região. A pauta de reivindicações foi montada a partir de consultas aos bancários de 110 sindicatos e nove federações, reunidos em torno da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Aprovada na 11ª Conferência Nacional dos Bancários, em julho, a pauta foi referendada em assembleias locais, como a que foi realizada no último dia 29 em Brasília. Essa unidade nacional, que reúne 96% das entidades representativas dos mais de 400 mil bancários do país, é a nossa maior força para fazer frente aos banqueiros e conquistar nossas reivindicações.