Bancários de Brasília aprovam greve por tempo indeterminado

Contra a intransigência dos banqueiros, os bancários de Brasília aprovaram agora há pouco, durante assembleia realizada na Praça do Cebolão, greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (29). A paralisação é provocada pelo total descaso da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que, mesmo depois de meses de negociações nas mesas temáticas (saúde e emprego, por exemplo) e de 30 dias discutindo a minuta, apresentou uma proposta rebaixada na última quarta-feira (22): reajuste de 4,29%, que repõe apenas a inflação do período.

Conforme ofício enviado na quinta-feira (23) pelo Comando Nacional dos Bancários à Fenaban, terminou nesta segunda o prazo para os bancos apresentarem uma nova proposta para ser apreciada nas assembleias desta terça em todo o país, o que não aconteceu.

“Diante do total desinteresse dos banqueiros em negociar e apresentar uma proposta decente, a melhor resposta é parar todos os bancos. Só assim eles voltarão a negociar e poderão apresentar uma proposta decente, que contemple ganho real e avance no combate ao assédio moral e às metas abusivas e na melhoria do piso salarial e da segurança nas agências bancárias”, afirma Rodrigo Britto, presidente do Sindicato.

Após várias rodadas de intensas negociações, os bancos rejeitaram todas as reivindicações dos bancários e apresentaram como proposta de reajuste índice que somente cobre as perdas inflacionárias dos últimos 12 meses, conforme medido pelo INPC. As reivindicações sobre saúde e melhores condições de trabalho, com foco no fim do assédio moral e das metas abusivas, mais contratações, valorização dos pisos e mais segurança nas agências foram ignoradas. Do mesmo modo que na Fenaban, as rodadas de negociações específicas com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal também não tiveram avanços.

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