Bancários da Caixa de São Paulo dizem não ao dissídio e greve continua

Em uma assembléia que reuniu mais de mil trabalhadores nesta sexta-feira 16, os empregados de São Paulo decidiram desautorizar a direção da Caixa Econômica Federal a ajuizar dissídio coletivo contra os bancários e reafirmaram a disposição de negociar. A greve continua e nesta segunda-feira 19 completa 26 dias.

A decisão dos trabalhadores foi tomada em resposta à ação ingressada pela direção do banco na tarde da quinta-feira 15 junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). O dissídio – que solicitava liminar para “declaração de abusividade da greve” – foi negado pelo TST na tarde de sexta-feira.

O TST indeferiu a liminar solicitada pela direção da Caixa e marcou audiência de conciliação e instrução para o dia 21, às 9h. Nos processos de dissídio coletivo, a primeira etapa é a tentativa de conciliação, quando as partes sentam-se à mesa de negociação junto com o ministro instrutor e tentam chegar a um acordo.

Não havendo entendimento, ou caso as partes rejeitem eventual proposta formulada pelo Tribunal, o processo será encaminhado a um relator sorteado, a quem caberá examiná-lo e levá-lo a julgamento pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do TST.

“As negociações não foram esgotadas. Os trabalhadores e o Sindicato continuam dispostos a negociar. Não será de forma unilateral que a direção da Caixa resolverá os impasses”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, integrante do Comando Nacional dos Bancários que está em Brasília – desde que a proposta da Caixa foi rejeitada, no dia 14, em assembleias de trabalhadores de todo o Brasil -, tentando buscar uma solução negociada com o banco.

“A direção da Caixa Federal está querendo forçar uma parte de seu pessoal a acabar com um processo de campanha salarial que é justo e democrático”, destaca Marcolino, lembrando que o Sindicato busca a valorização de todos os trabalhadores, indistintamente.

“Os empregados da Caixa estão sofrendo com o ritmo de trabalho estressante, com os feirões de fim de semana, e isso tem de acabar. O banco precisa contratar mais e valorizar seus trabalhadores sem fazer diferenças, sem jogar uns contra os outros”, ressalta o presidente do Sindicato.

Nova assembleia

Os bancários realizam assembleia na terça 20, às 16h, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192, Sé) para decidir os rumos do movimento.

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