Ato no HSBC João Bettega marca dia internacional de luta em Curitiba

Mobilização contra demissões e por melhores condições de trabalho

O dia internacional de luta contra demissões no HSBC, realizado nesta sexta-feira (22) foi marcado por um ato público no centro administrativo localizado na rua João Bettega, em Curitiba.

O Sindicato dos Bancários de Curitiba distribuiu uma carta aberta aos clientes. O material foi disponibilizado pela Contraf-CUT.

> Clique aqui para ler a carta aberta.

A mobilização ocorreu nos países da América Latina onde o banco inglês atua, com protestos contra as demissões, por melhores condições de trabalho, por mais respeito e pela valorização dos trabalhadores.

No primeiro semestre de 2014, o lucro líquido global do banco inglês foi de US$ 9,46 bilhões. O lucro líquido no Brasil foi de US$ 55 milhões no mesmo período.

“No entanto, o HSBC não respeita quem trabalha para produzir todo esse resultado. Ele cobra aqui de seus clientes as taxas de juros e as tarifas mais altas do mundo. E, apesar do lucro gigantesco, fechou 616 empregos no ano passado e pratica uma inexplicável rotatividade de mão de obra no Brasil”, afirma o secretário de Assuntos Jurídicos do HSBC e funcionário do banco, Alan Patrício.

No primeiro trimestre deste ano, 20 agências foram fechadas em todo o país, piorando ainda mais a situação para funcionários e clientes. “Ou seja, o banco manda o lucro para a matriz na Inglaterra e deixa aqui o desemprego e a precarização do trabalho”, aponta o dirigente sindical.

“O número reduzido de bancários por causa das demissões tem se refletido em filas nas agências. Desta forma, os funcionários são obrigados a trabalhar no limite e, sobrecarregados, não conseguem garantir atendimento de qualidade”, denuncia Alan.

A Contraf-CUT, federações e sindicatos reivindicam o fim das demissões, mais contratações, implantação de plano de cargos e salários eliminando as diferenças de remuneração para os mesmas funções, fim das metas abusivas e do assédio moral, retomada da negociação do acordo aditivo no Brasil e assinatura de um acordo marco global.

“Queremos mais”, ressalta Alan para quem o banco tem plenas condições financeiras para valorizar os bancários, principais responsáveis pelos lucros da instituição.

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