Ato no Bradesco marca mobilização dos bancários do Ceará em dia de negociação

“Os banqueiros são farinha do mesmo saco” com esse mote foi realizada uma manifestação pelos dirigentes do Sindicato dos Bancários do Ceará (Seeb/CE), na manhã desta quarta-feira, na agência Bradesco Parangaba, em Fortaleza. O ato marcou o calendário de luta dos bancários neste dia de rodada com a Fenaban, quando cláusulas econômicas da Campanha Salarial 2009 estão sendo negociadas com os banqueiros. Os sindicalistas lembraram a história de luta da categoria e denunciaram à população que os bancos abusam e não têm responsabilidade social.

“Nas rodadas de negociação com a Fenaban, os bancos usam a desculpa de que não têm dinheiro. Não queremos greve, mas já avisamos que vamos continuar a mobilização e parar se for preciso”, afirma Alex Citó, diretor do SEEB/CE e funcionário do Unibanco, fazendo uma alusão a uma possível greve.

Durante a manifestação, os bancários demonstraram indignação com o resultado das negociações. Gabriel Motta, funcionário do Bradesco e diretor do SEEB/CE denunciou as práticas dos banqueiros contra os trabalhadores, com metas abusivas, extrapolação de jornada, que traz o adoecimento dos bancários. “Eles, banqueiros, são os verdadeiros responsáveis pela falta de distribuição de renda . O Bradesco é o pior deles, pois é um dos mais rentáveis do setor financeiro e não garante nem os empregos dos seus funcionários. O Bradesco é campeão de demissões”, disse.

“Exigimos mais contratações, fim das demissões, redução dos juros, fim das metas abusivas e melhores condições de trabalho”, enfatizou Antonia Marques, diretora do SEEB/CE e funcionária do Bradesco. Segundo ela, os banqueiros estão abusando dos seus “colaboradores”, principalmente com demissões que causam um reflexo horrível no ser humano e desestrutura a família.

A população manifestou apoio à luta dos trabalhadores, aplaudindo os dirigentes sindicais que protestaram contra os abusos dos bancos principalmente ao cobrar tarifas e juros escorchantes e ao não contratar mais funcionários, aumentando assim as filas e o tempo de espera para atendimento, que também deixa a desejar. “Eu me sinto bastante prejudicada com as taxas desse banco, e ainda deixa a gente na fila por horas”, disse Suely Barroso, cliente do Bradesco.

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