Em assembleias realizadas no último sábado, dia 24, no Esporte Clube Banespa, em São Paulo, foram aprovadas as contas de 2009 da Cabesp, a caixa de assistência médica dos funcionários oriundos do Banespa, e do Banesprev, o fundo de pensão dos banespianos, com ressalvas. Também ganharam apoio dos associados e participantes as propostas orçamentárias para 2010.
BANESPREV
O presidente do Banesprev, Jarbas de Biagi, apresentou as contas do ano passado, destacando o crescimento dos ativos para R$ 9,468 bilhões.
Estudos atuariais encomendados pelo Banesprev à Consultoria Tower Watson mostraram déficits em três planos. O Plano II fechou com déficit de R$ 209,069 milhões; o Plano V, com R$ 540,855 milhões; e o Plano pré-75, com R$ 12,597 milhões.
Conforme decisão do Conselho de Administração, foi suspensa a aplicação de reajustes – que inicialmente seriam também votados na assembleia – até janeiro de 2011 e pela realização de novos estudos no patrimônio. Já em relação ao Plano V, foi encontrada uma diferença de cerca de R$ 100 milhões de déficit entre o estudo que o Banesprev mandou fazer e outro encomendado pelo Santander.
O fundo paga atualmente 22.008 benefícios, incluindo pensões. A média dos benefícios é de R$ 4.165,95 (Plano II), R$ 5.458,40 (Plano V) e R$ 13.659,00 (Plano pré-75).
O número de participantes ativos é de 6.424, dos quais 3.718 são do Plano II.
Participaram da assembléia 352 participantes, muitos procuradores, totalizando 1.687 representados. As contas foram aprovadas mais uma vez com a ressalva do serviço passado (obrigação da patrocinadora Santander em aportar recursos para o período anterior à criação do Plano II) por 1.643 votos. Houve apenas 44 votos pela aprovação sem ressalvas.
A proposta orçamentária e a política de investimentos para 2010 foram aprovadas por unanimidade. O plano de custeio para 2010 (Plano II) foi aprovado por ampla maioria, porém com a manutenção das contribuições das patrocinadoras, sem qualquer redução em relação ao ano passado.
CABESP
O presidente interino da Cabesp, Jorge Lawand, apresentou o balanço de 2009, que apurou um superávit de R$ 475,878 mil, o que representou um crescimento de 368,5% em relação a 2008 – ano da crise mundial -, que foi de R$ 101,584 mil.
Vários associados questionaram os reajustes exagerados dos planos PAP, PAFE e Cabesp Família (14,12% a partir de maio). O índice a ser aplicado no Cabesp Família supera os 6,76%, autorizado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), e os 12,5% de Variação dos Custos Médico-Hospitalares, apurado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, que é mais conhecido como inflação médica.
Outros associados cobraram mais credenciamentos de médicos e criticaram a manutenção da co-participação, dizendo que o percentual de 25% é o mais elevado em relação a outros planos de saúde. Também defenderam programas preventivos de saúde, como forma de melhorar a qualidade de vida. Recursos financeiros não faltam para ampliar os investimentos da Cabesp.
Participaram da assembleia 314 associados, muitos também procuradores, totalizando 1.519 representados.
As contas de 2009, assim como a dotação orçamentária, foram aprovadas com 1.419 votos favoráveis, 3 contrários, 21 brancos e um nulo
Também foram referendados dois regulamentos. O PAFE (Plano de Assistência aos Filhos Solteiros e Equiparados) obteve 1.392 votos favoráveis, 29 contrários, 22 brancos e um nulo. O Subsídio da Assistência à Saúde ganhou 1.397 votos favoráveis, 24 contrários, 22 bancos e um nulo.