Dois meses após paralisação, banco instala porta de segurança
A mobilização do Sindicato dos Bancários do Vale do Paranhana, no interior do Rio Grande do Sul, amparado em lei municipal que obriga a instalação de porta de segurança em agências e postos de atendimento, garantiu importante vitória na proteção da vida de trabalhadores e clientes da agência Nova Hartz do Bradesco. O equipamento foi colocado pelo banco no último dia 23 de junho, dois meses após paralisação da unidade.
Inaugurada às pressas em setembro de 2011, três meses antes do final do contrato de banco postal com os Correios, a agência não tinha porta giratória, descumprindo a legislação do município.
Mobilização
Cansados de cobrar sem êxito providências do banco, os bancários paralisaram o estabelecimento no dia 22 de abril. A manifestação contou com o apoio de outras categorias de trabalhadores. O protesto surtiu efeito e arrancou uma negociação com a gerência regional do Bradesco, em Novo Hamburgo.
No mesmo dia da mobilização, diretores do Sindicato e da CUT e o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, se reuniram com o Secretário Municipal de Administração de Nova Hartz, Adrione Fabiano Britto, solicitando a fiscalização da agência diante do flagrante desrespeito da lei.
No dia seguinte, 23 de abril, os diretores do Sindicato, Luiz André, Ana Furquim e Arlete Malta, estiveram reunidos com o gerente regional do Bradesco, Júlio Alberto Vargas Martella, cobrando a instalação da porta de segurança.
Dois meses depois, no dia 23 de junho, foi finalmente instalada a porta giratória, garantindo mais segurança para bancários, clientes e população.
“Essa é uma importante vitória do movimento sindical. Fizemos muita pressão para forçar o Bradesco a cumprir a legislação municipal de segurança”, destaca a diretora do Sindicato e funcionária do banco, Arlete Malta.
Falta vigilante
Agora a luta por segurança continua pela ampliação de vigilantes na agência, cujo número é insuficiente e não cumpre o que prevê a lei federal nº 7.102/83. O caso já foi denunciado ao banco, ao Ministério Público e à Polícia Federal.
“Está na hora de o Bradesco ter outra postura e investir mais em segurança, cumprir a legislação existente e proteger a vida de trabalhadores e clientes”, conclui Ademir.