O ano novo é sempre um período de renovação das expectativas e esperanças. Não no Bradesco. O banco, a segunda maior instituição financeira privada do Brasil, mantém velhas práticas em relação a seus funcionários, como demitir e explorar trabalhadores para lucrar ainda mais. Na véspera de 2013, a direção da empresa demitiu gerentes, no Rio de Janeiro. O número já chega a 28 bancários dispensados.
“O perfil dos trabalhadores demitidos é sempre o mesmo: bancários com muito tempo de casa. A empresa insiste na alta rotatividade, contratando novos empregados com salários bem inferiores aos que recebiam os mais antigos”, explica o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, Geraldo Ferraz (foto).
O presidente do Sindicato, Almir Aguiar, disse que a entidade não vai aceitar a covardia do banco calado. “Depois os banqueiros reclamam quando o Sindicato paralisa agências e denuncia à opinião pública a perversidade da empresa com seus funcionários e a população. Nada justifica os níveis de rotatividade do setor financeiro, o mais lucrativo do país”, disse.
Em 2012, o Bradesco lucrou R$ 8,48 bilhões até setembro, o quarto melhor resultado da história do sistema financeiro nacional. Almir anunciou que, este ano, os bancários vão intensificar a mobilização na campanha pela valorização dos funcionários do Bradesco, que priorizará o emprego, o plano de saúde para os pais e o auxílio-educação.