Bancários são contra a reforma da Previdência que fará desigualdade social no Brasil aumentar

Os resultados da Consulta Nacional dos Bancários foram apresentados na manhã deste domingo na 21º Conferência Nacional dos Bancários

76% da categoria bancária é contra a Reforma da Previdência e 82% acreditam que as mudanças farão a desigualdade social no Brasil aumentar. Estes foram os principais resultados da Consulta Nacional dos Bancários, apresentada na manhã deste domingo (4), no início dos trabalhados do último dia da 21º Conferência Nacional dos Bancários.

“A consulta dos bancários é importante para orientar o nosso trabalha de base, fundamental na luta em defesa das nossas principais bandeiras. Com esses dados, sabemos quais os assuntos e quais abordagem devemos ter no dialogo cotidiano com os bancários”, afirmou Gustavo Tabatinga, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

A pesquisa, realizada na base das 10 federações representadas pelo Comando Nacional dos Bancários, do início de abril ao final de maio, mostra que 79% discorda com a alteração que o governo propõe na Previdência Social, que, além de instituir a idade mínima, aumenta o tempo mínimo de contribuição para 20 anos e exige 40 anos de contribuição para receber o benefício integral. Outros 6% não souberam opinar.

“Essa consulta demonstrou mais do que a insatisfação dos bancários com a reforma da Previdência, mostrou que os bancários dominam o tema e estão prontos e mobilizados para a luta”, garantiu Tabatinga.

O número é ainda maior quando o questionamento é sobre a redução dos valores dos benefícios para idosos pobres, 88% discordam e 6% não sabem opinar. Sobre a extinção do regime solidário e a implementação do regime de capitalização individual como modelo básico para a Previdência, 69% da categoria discordam e 16% não sabem opinar.

A maioria da categoria, 78%, também é contra o aumento da idade mínima e o tempo de contribuição para que as mulheres se aposentem.

Metas

Quando o tema da pergunta é a pressão pelo cumprimento de metas que leva muitos bancários ao adoecimento e, consequentemente, a fazer uso de medicação controlada, 54% dos que responderam conhecem alguém que já fez uso de medicação e 32% revelaram que já usaram.

Bancos públicos

Outra bandeira fundamental da categoria atualmente, a defesa dos bancos públicos é classificada como muito importante por 72% dos trabalhadores e como importante por 17%.

A 21º Conferência Nacional dos Bancários continua neste domingo com o debate sobre o futuro do trabalho, impactos e organização sindical.

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