Manifestação cobra respeito à atuação dos delegados sindicais
A agência Farrapos do Banco do Brasil, em Porto Alegre, foi alvo de protestos dos bancários na manhã desta quinta-feira, dia 12. O ato foi contra as práticas antissindicais dos gestores da unidade, que impedem a plena atuação do delegado sindical junto aos seus colegas, a liberação para as atividades sindicais fora da agência e o assédio moral.
O estabelecimento abriu ao público somente ao meio-dia, após uma reunião dos dirigentes sindicais com funcionários, gestores e representante da Gepes, quando se resolveu a situação que se apresentava. A campanha nacional dos bancários 2012 também esteve entre os temas debatidos.
Os dirigentes sindicais denunciaram que administradores estão sondando os funcionários sobre um possível envolvimento na campanha salarial deste ano. O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e a Fetrafi-RS repudiaram a postura do BB, pois entendem que a greve é consequência de um processo de negociação dos trabalhadores.
“O banco não pode cercear o direito do funcionário de lutar pelos seus interesses durante a campanha salarial”, afirmou o funcionário do BB e diretor da Fetrafi-RS, Ronaldo Zeni.
“Verificamos que houve a disposição em abrir o diálogo com o movimento sindical no que se refere à liberdade de atuação do delegado e a sua participação nas nossas atividades. Conversando encontramos a solução para o conflito que existia nesta unidade”, comentou Zeni.
Para o funcionário do BB e diretor do SindBancários, Julio Vivian, a presença do Sindicato na agência visa a garantir a plena atuação do delegado sindical da Farrapos. “Estranhamos muita a atitude verificada aqui nesta unidade, uma vez que nas demais, mesmo com a falta de dotação, todos liberam seus representantes. O delegado não pode participar de uma ou outra atividade, tem que estar presente”, ressaltou o dirigente.
“O delegado sindical é o canal de diálogo do sindicato com sua unidade e é uma conquista do movimento sindical. O banco não pode condicionar a liberação do delegado com falta ou abono dos outros colegas e nem tratar a liberação como folga, pois não é isso”, acrescentou Vivian.
O delegado, de acordo com o diretor do Sindicato, é peça importante para buscar as conquistas e os avanços à categoria. “O banco precisa se planejar para não atrapalhar a atividade sindical. A partir da conversa de hoje, entendemos que a questão está superada, mas vamos acompanhar de perto o desenrolar dos fatos”, completou.