Os bancários do Rio de Janeiro vão servir cachorro-quente à população, nesta terça-feira (14/10), às 12h30, em frente à agência Bradesco da Cinelândia (Senador Dantas com Evaristo da Veiga). Será uma forma de protestar, com humor, contra a “cachorrada” dos bancos, que estão desde o dia 29 de setembro sem apresentar uma nova proposta na mesa de negociação.
A categoria, em campanha salarial, está em greve por tempo indeterminado, desde a terça-feira passada, tendo rejeitado a proposta patronal de 7,5% de reajuste e manutenção da mesma participação nos lucros do ano passado. A proposta foi feita no dia 24 e rejeitada de imediato. A paralisação está muito forte e se amplia em todo o país. No Rio de Janeiro, cerca de 100% das agências do Centro da Cidade aderiram, e 60% nas Zonas Oeste, Sul e Norte.
As reivindicações
Apesar de ter todas as condições de atender à categoria bancária, os banqueiros sequer marcaram uma nova rodada de negociações, desde o dia 24 de setembro. O percentual de 7,5% representa um ganho real de apenas 0,35% em relação à inflação de setembro de 2007 a 31 de agosto de 2008, que foi de 7,15%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os bancários querem 13,23% de reajuste (aumento real de 5%), além da valorização dos pisos salariais, fim das metas abusivas e do assédio moral. Os trabalhadores querem ainda um novo modelo de PLR, de três salários mais R$3.500 (sem limitador e sem teto). A categoria defende também R$17 de tíquete-refeição por dia e um auxílio-alimentação de R$415 (valor de um salário mínimo).
