“A retirada das portas de segurança significa a perda de uma conquista da sociedade”, reafirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Iaci Azamor, durante audiência pública na Câmara de Vereadores de Campo Grande, na quarta-feira (29), quando reforçou a posição contrária da entidade à retirada das portas giratórias.
O objetivo da audiência foi fortalecer a mobilização pela permanência do dispositivo nas agências bancárias, regulamentada em lei municipal em vigor no município. Para a dirigente sindical a proposta da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) está na contramão da história. “Há uma preocupação do sindicato de que, ao invés de ampliar o sistema de segurança para proteger vidas de funcionários, clientes, usuários e vigilantes, os bancos tirem os dispositivos já existentes”.
De acordo com Iaci, o argumento dos banqueiros de que as portas de segurança constrangem intensamente os/as clientes não faz sentido. “Não existem grandes constrangimentos! Precisamos alertar a situação à população e às autoridades. Não podemos permitir que haja retrocesso.”
A dirigente defendeu um ambiente de trabalho adequado, com segurança, a trabalhadoras e trabalhadores do sistema financeiro. “Emprego decente é emprego seguro, sem risco de morte!”. Sem as portas eletrônicas, Iacir prevê que os vigilantes e bancários ficariam mais expostos a ações de assaltantes e teriam dificuldades para fazer uma triagem prévia dos clientes.
Há na Capital sul-mato-grossense nove agências do Bradesco sem portas giratórias. Ainda em Campo Grande existe uma agência do Banco do Brasil e outra do Itaú Unibanco sem o sistema de detecção de metais.
A audiência foi uma iniciativa da Comissão Permanente de Segurança Pública da Câmara Municipal de Campo Grande – composta pelos vereadores Alex (PT), Carlão (PSB) e Mário César (PMDB) -, em articulação com entidades sindicais, entre elas o Sindicato dos Bancários.
Teve uma composição representativa, com a mesa de trabalho composta pelo secretário-geral da Confederação dos Vigilantes, João Soares; pelo presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança e Vigilância de Transporte de Valores de Campo Grande e Região (Seesvig), Celso Adriano Gomes da Rocha; pelos delegados Carlos César Constantino e Roberval Maurício Cardoso Rodrigues (titular do Garras – Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros); pelos vereadores Paulo Pedra (PDT) Alex e Carlão; pelo assessor-técnico da Diretoria de Segurança da Febraban, Virgílio José Ribeiro; por Carlos Takashi, representante do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares de Mato Grosso do Sul (Sintect-MS); e o chefe do Estado-Maior da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, coronel Guilherme Gonçalves.