Mobilização dos bancários aumenta em todo país
No mesmo dia em que os bancários de Teresópolis, no interior do Estado do Rio de Janeiro, saíram às ruas para o lançamento da Campanha Nacional, na segunda feira, dia 12, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, negociava remuneração com a Fenaban, em São Paulo.
A diretoria do Sindicato promoveu o lançamento, auxiliada por um carro de som e acompanhada da banda de música do Grupo Musical Paquequer de Teresópolis.
Os dirigentes sindicais percorreram todas as agências e distribuíram à população cartilhas que orientam os usuários de bancos, como se defender dos abusos cometidos pelas instituições financeiras. Elaborada pela Contraf-CUT, em parceria com o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), o material tem como título “Os bancos e você”.
Os bancários falaram da campanha que está em curso e explicaram à população sobre as negativas e a intransigência dos representantes dos bancos em todas as negociações já realizadas.
Entre os pontos prioritários para os bancários estão o reajuste salarial de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%), PLR de três salários mais R$ 4.500 e piso do Dieese (R$ 2.297,51 em junho).
Negociação sobre remuneração
Apesar dos lucros de R$ 27,4 bilhões no primeiro semestre, os bancos negaram reivindicações sobre remuneração e ficaram de fazer uma proposta global em nova rodada no dia 20.
Em mais uma demonstração de desrespeito e enrolação, a Fenaban negou todas as reivindicações apresentadas pelos bancários em relação aos itens de remuneração da pauta da categoria.
A Fenaban também recusou a valorização do vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio creche/babá, no valor do salário mínimo, hoje em R$ 545, bem como rejeitou a implantação de Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) e de planos de previdência complementar em todos os bancos.
Como se não bastasse, os banqueiros negaram o pagamento de salário substituto e a gratificação semestral de 1,5 salário para todos os bancários.