Bancários brasileiros participam de debate com trabalhadores em Angola

O Sindicato Nacional de Empregados Bancários de Angola realizou na última sexta-feira, 14, um Ato comemorativo aos 34 anos da Tomada dos Bancos em Angola, dia que se comemora também o Dia Nacional dos Bancários. A Contraf-CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região participaram do evento como convidados especiais.

O secretário de Relações Internacional da Contraf-CUT, Ricardo Jacques, fez uma exposição sobre O Papel do Sindicato na Sociedade em Ambiente de Crise, e Rita Berlofa, diretora executiva do Sindicato, abordou o tema Sindicalismo e Sociedade no Brasil. A atividade contou com a presença de bancários, direções dos bancos e dirigentes do sindicato nacional e da central sindical UNTA.

Histórico

A Tomada dos Bancos foi feita pelos bancários em 14 de agosto de 1975, três meses antes de Angola tornar-se independente de Portugal. Com o objetivo de impedir que os recursos dos bancos fossem totalmente expatriados com a independência que estava por chegar, os trabalhadores assumiram o controle das instituições.

Angola tornou-se independente de Portugal em 11 de novembro de 1975, mas entrou em seguida em um período de turbulência civil, na disputa do comando do novo País por grupos armados. Uma guerra civil se arrastou até 2002, deixando Angola com muitas cicatrizes sociais, culturais, estruturais e econômicas.

Para Ricardo Jacques, “a Paz alcançada em 2002 trás ao povo Angolano a esperança de uma vida melhor, onde as pessoas possam ter acesso a emprego, educação, saúde. Angola hoje é um país em obras, mas muito há que ser feito em pró do povo angolano”.

A aproximação entre os bancários do Brasil e de Angola faz-se por uma necessidade de cooperação e solidariedade com o sindicalismo bancário angolano. Rita Berlofa analisa que “o sindicato dos bancários de Angola necessita estruturar-se e nós estamos dispostos a ajudar os companheiros bancários angolanos a ter um sindicato mais forte, organizado, representativo, como instrumento para fortalecer a democracia tão necessária”.

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