“Um outro banco é preciso, com as pessoas em primeiro lugar”, este foi o grito que ecoou nos quatro cantos do principal corredor financeiro da cidade de Santo André, nesta terça-feira (31), quando os bancários do ABC lançaram a Campanha Nacional Unificada 2010.
Com muito barulho, samba, banda, bexigas, alegria e descontração, a atividade, coordenada pelo Sindicato dos Bancários do ABC, contou com a presença de representantes da CUT, Contraf-CUT e Fetec-CUT/SP, além de dirigentes dos sindicatos de: São Paulo, Taubaté, Guarulhos, Jundiaí, Mogi das Cruzes, Catanduva, Bragança Paulista, Araraquara e Vale do Ribeira.
Também estavam presentes os sindicatos: das costureiras do ABC, da Saúde Privada do ABC, da Construção Civil de SBC e Diadema, dos Servidores Públicos de SBC, dos Agentes Comunitários de Saúde da região metropolitana de São Paulo e dos Metalúrgicos do ABC.
Os dirigentes sindicais divulgaram a campanha e dialogaram com bancários e usuários do sistema financeiro sobre as principais reivindicações da categoria, que luta este ano por aumento real de 11%, pelo fim das metas abusivas e do assédio moral, melhores condições de trabalho, entre outros itens.
“É preciso que os bancos contratem mais trabalhadores e caixas, diminuam as filas, ampliem o horário de atendimento, melhorem as condições de trabalho e acabem com as metas abusivas, que tanto tem adoecido muitos bancários”, argumenta Eric Nilson, secretário Geral do Sindicato.
Foram visitadas 18 agências, e o Sindicato dos Bancários do ABC entregou, em cada uma delas, um bolo em comemoração ao Dia do Bancário, que foi 28 de agosto. Além de representar um dia comemorativo, segundo os dirigentes sindicais, o bolo também serve para representar a luta da categoria por uma divisão mais justa dos lucros com os trabalhadores.
“Nossa campanha já começou há algum tempo, mas este é momento em que nós saímos nas ruas para dialogar com os bancários, população e clientes. Os bancos têm acumulado grandes fortunas e as condições de trabalho e de atendimento tem piorado muito. Nós estamos negociando com os patrões e queremos que os bancos ampliem seu horário de atendimento. Esta é uma antiga bandeira nossa, pois nós não concordamos que os bancos tenham o privilégio de trabalhar num horário tão reduzido, com tamanha lucratividade”, destaca Alemão, presidente da Fetec-CUT/SP.
“Já é uma tradição do Sindicato estar nas ruas dialogando a nossa luta, que não é somente a questão do capital x trabalho, mas também a luta por uma sociedade mais justa. Nós conversamos com os trabalhadores e com os usuários do sistema financeiro, por isso é que temos o reconhecimento da população e da categoria”, enfatiza Belmiro Moreira, secretário de Finanças do Sindicato.
A agitação ficou por conta da Banda do Peru, Escola de Samba Vila Palmares e a encenação foi feita pelos artistas da ARCA (Associação Ribeirãopirense dos Cidadãos Artistas).