A Campanha Nacional 2009 já está nas ruas de São Paulo e também na cabeça dos bancários. Nesta segunda-feira, dia 10, após concentração na Praça do Patriarca, os manifestantes seguiram em passeata pela Avenida Brigadeiro Luis Antonio, rumo à Avenida Paulista onde fizeram um ato no início da tarde em frente à matriz do Banco Real, onde trabalha o presidente da Fenaban, Fábio Barbosa.
A mobilização ocorreu antes da entrega da pauta de reivindicações à federação dos bancos (Fenaban), às 15h, e foi só o começo de uma série de manifestações para deixar a população e os bancários por dentro da “irresponsabilidade social” pregada pelos bancos.
“Participo das campanhas desde 1981, quando me tornei bancário e tomara que neste ano a gente consiga conquistar, principalmente, uma PLR maior”, disse um bancário do Itaú. Um empregado da Caixa Federal manifestou seu apoio à luta e disse que está “disposto à greve para melhorar as condições de trabalho”.
O funcionário de uma agência do Banco do Brasil reforça a importância de uma PLR justa, mas também defende como prioridade o combate ao assédio moral. “Minha expectativa para a campanha é que seja necessário fazer greve para conseguir aumento e ainda combater o assédio”, conclui.
O presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, começou o dia no Centro Empresarial Itaú Conceição (Ceic), seu local de trabalho, onde conversou com os funcionários sobre fusões, emprego, plano de carreira, PLR, piso salarial, aposentadoria digna e combate ao assédio moral.
“Contamos com a mobilização dos bancários, como acontece todo ano, e nesta campanha não será diferente. Para conquistar as reivindicações da pauta é preciso o envolvimento de todos. As instituições devem justificar o discurso sobre responsabilidade social, e devem começar com boas práticas dentro dos bancos”, disse Marcolino.