Sete dos 91 grandes bancos europeus são reprovados em teste de estresse

DA FRANCE PRESSE, EM LONDRES
DE SÃO PAULO

Sete dos 91 grandes bancos europeus submetidos a testes de estresse, foram reprovados, informou nesta sexta-feira (23) o CEBS (Comitê Bancário dos Reguladores Europeus).

Os resultados significam que as instituições precisam levantar recursos para reforçar sua situação financeira.

O CEBS não divulgou a lista de bancos reprovados, mas, segundo os reguladores nacionais, os reprovados foram: o alemão Hypo Real Estate, as caixas de poupança espanholas Diada, Cajasur, Espiga, Unnim e Banca Cívica, e o grego ATEBank (Agricultural bank of Grece).

O Banco de Portugal, banco central do país, divulgou comunicado informando que os quatro principais bancos portugueses foram aprovados nos testes de resistência, e não precisarão ser recapitalizados.

O Estado grego divulgou nota informando que, apesar da reprovação do ATEBank, as outras cinco instituições testadas no país foram aprovadas. São elas: o Banco Nacional da Grécia, EFG Eurobank, Alpha, Banco do Pireu e TT Hellenic Postbank.

SOLVÊNCIA

O relatório do CEBS, com o resultado, ressalta que faltam aos reprovados 3,5 bilhões de euros para satisfazer o nível mínimo de recursos próprios exigidos pelos testes, dentro da classificação Tier (fundos próprios registrados em poder do banco, um compulsório), de 6%.

Isso quer dizer que os bancos reprovados não possuem a quantidade necessária de recursos próprios (compulsório) para serem credores. Ou seja, correm riscos ao emprestar um percentual dos seus recursos e ficam impossibilitados de garantiar a solvências dos próprios pagamentos.

Em 2009, dez das 19 instituições dos Estados Unidos submetidas ao teste fracassaram.

UNIÃO EUROPEIA

A presidência UE (União Europeia) divulgou comunicado comemorando os resultados dos testes, estimando que traduziam um “alto grau de resistência”, no caso de serem obrigados a enfrentar graves problemas.

A UE é composta por 27 países.

ENTENDA OS TESTES

A Europa está testando 91 bancos em sua capacidade de lidar com outra recessão econômica e com perdas em bônus governamentais, um esforço para restaurar a confiança após a crise grega abalar os mercados e gerar preocupações sobre o futuro da zona do euro.

Com poucos detalhes disponíveis sobre os termos do teste e com divisões internas entre 27 membros da União Europeia sobre o quanto revelar sobre eles, os mercados começaram a temer que as avaliações não sejam suficientemente rígidas e transparentes.

Os bancos têm de estimar quanto capital extra seria necessário para atingir uma reserva de capital Tier 1 de 6% em diferentes cenários.

Foi pedido para os bancos estimarem sua proporção de capital Tier 1 no final de 2011 em um cenário base, um cenário adverso com dois anos de deterioração econômica, e outro com um “choque soberano adicional”.

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