Diante do silêncio dos bancos, bancários reforçam mobilização
Ao atingir o 10º dia nesta quinta-feira, dia 6, a greve nacional dos bancários se mantém forte em Belo Horizonte e Região e em todo o país. As paralisações nas agências e centros administrativos de bancos públicos e privados na Capital e no interior de Minas Gerais mantiveram o mesmo percentual de 86%.
Segundo a Contraf-CUT, nacionalmente, a greve de 2011 já é a mais forte dos últimos 20 anos, atingindo 8.758 unidades de bancos públicos e privados em todos os 26 estados e o Distrito Federal. Ests número supera o pico do movimento de 2010, quando 8.278 unidades foram paradas.
Em assembleia realizada nesta quinta-feira, em frente à agência Século da Caixa Econômica Federal, na rua Carijós esquina com rua Espírito Santo, os bancários deliberaram pela continuidade da greve por tempo indeterminado.
Eles decidiram também realizar nesta sexta-feira o Dia do Vermelho para demonstrar a indignação dos bancários contra o silêncio dos banqueiros que se recusam a reabrir o diálogo e retomar as negociações.
Após a assembleia, os bancários sairão em passeata pelas principais ruas do centro da Capital para denunciar a irresponsabilidade e o descaso dos bancos em relação às reivindicações da categoria.
Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida dia 23 de setembro, em São Paulo. Os trabalhadores rejeitaram a proposta de reajuste de 8% sobre os salários.
A categoria reivindica reajuste de 12,8% (5% de aumento real mais inflação do período), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.
O presidente do Sindicato, Cardoso, chama a atenção de todos para esse momento especial por que passa a greve, o que exigirá mais empenho e atenção da categoria. “Os bancários estão de parabéns pelo envolvimento e pela grande participação na greve, mas precisamos nos manter mobilizados para que na próxima segunda-feira possamos ampliar ainda mais o número de agências paradas”, disse.
“Para isso, conto com a disposição de todos para que possamos continuar pressionando os bancos a reabrirem as negociações e apresentar uma proposta decente que atenda as nossas justas reivindicações”, ressaltou Cardoso.