Uma comitivia de sindicalistas americanos virá a São Paulo na próxima terça-feira (12) para fazer denúncias contra uma fábrica da Nissan sediada no Mississippi, nos EUA.
Os trabalhadores acusam a Nissan de trabalho escravo, práticas discriminatórias e antissindicais. Segundo eles, os salários são baixos e metade dos trabalhadores tem contrato temporário, o que gera insegurança.
A UAW (United Auto Workers), sindicato que representa metalúrgicos nos EUA e outros países, reclama também que a direção da empresa impede a organização dos trabalhadores e ameaça quem for sindicalizado.
A iniciativa faz parte da campanha “Mississippi Alliance for Fairness at Nissan” (Aliança do Mississippi por Justiça na Nissan) e é apoiada pela CUT, Força Sindical e UGT.
A montadora está construindo sua primeira fábrica própria em Resende (RJ). Hoje, a maior parte dos veículos comercializados são importados do México. Na fábrica da Renault, em São José dos Pinhais (PR), a montadora japonesa fabrica apenas o Livina e a Frontier.
Segundo a UAW, o movimento sindical brasileiro é referência em outros países e pode colaborar nas negociações nos EUA. O sindicato diz que o apoio é importante em um momento de baixa para os sindicatos no país. Menos de 7% dos trabalhadores do setor privado nos EUA são sindicalizados.