Bancários param agências no Rio contra intransigência da Fenaban

Trabalhadores paralisaram agências na Avenida Rio Branco

Os bancários do Rio de Janeiro paralisaram as agências bancárias da Avenida Rio Branco nesta segunda-feira (15), no Dia Nacional de Luta, protestando contra a terceirização, as metas abusivas e por segurança e melhores condições de trabalho, em mais uma atividade da Campanha Nacional dos Bancários 2014.

A abertura das agências foi retardada até as 11h para que os dirigentes sindicais explicassem aos bancários e clientes que essa luta é estratégia para proteger os empregos, a remuneração e a saúde dos trabalhadores.

A presidenta em exercício do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Adriana Nalesso, repudiou os projetos de lei que ampliam a terceirização, inclusive em atividades-fim, uma ameaça aos direitos dos trabalhadores.

PLR

Os dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) revelam que a situação dos bancos é por demais confortável. Eles aumentaram seu lucros em 1.067% de 1995, quando a conquista passou a ser paga aos bancários, até agora.

Mas em vez de melhorarem a PLR aos bancários, os bancos a reduzem cada vez mais em relação ao percentual distribuído dos lucros. Mas para os executivos e para os acionistas a participação aumenta, numa clara e desleal transferência de renda.

“Está provado que os lucros são suficientes para atender a nossa reivindicação de três salários, mais um fixo de R$ 6.247,26. Afinal, somos nós que produzimos esses lucros gigantescos, à custa do cumprimento de metas abusivas, que resultam em más condições de trabalho e afastamentos por problemas de adoecimentos dos trabalhadores”, avalia a presidenta em exercício do Sindicato.

Segurança

A falta de investimentos em segurança bancária é uma irresponsabilidade dos banqueiros em relação aos trabalhadores e aos clientes. “Além de investimentos, reivindicamos que as chaves dos cofres não sejam portadas pelos bancários. Uma empresa especializada em segurança deve cuidar das chaves”, salienta Adriana.

Terceirização

A terceirização faz parte de um projeto de regressão dos direitos sociais, conquistados a duras penas pelos trabalhadores no mundo todo.

Os Estados Unidos, onde a renda dos trabalhadores vem caindo desde 1973, quando atingiu o seu auge, são um exemplo desse ataque neoliberal. De 1947 até 1973, os salários dos trabalhadores dos EUA cresceram 75%. Desde então só vem caindo.

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