IFC pede avaliação rigorosa do negócio feito por banco de Setúbal no exterior
Mais um obstáculo surge no caminho da polêmica fusão feita pela subsidiária do Itaú Unibanco no Chile com o CorpBanca, uma das maiores instituições financeiras do país andino. Depois de acionistas minoritários do banco chileno, entre os quais grandes fundos de pensão dos Estados Unidos, acusarem o negócio como prejudicial a seus interesses e de ser, na verdade, uma compra, e não uma fusão, agora o imbróglio ganhou nova dimensão.
Dono de 5% das ações do CorpBanca, o IFC, braço de investimentos privados do Banco Mundial, também manifestou sua desconfiança sobre a operação. Os pareceres contratados pelo próprio CorpBanca, em defesa da tesa da fusão, foram rechaçados pelo IFC, que informou que irá realizar sua própria avaliação do negócio por meio de uma auditoria independente a ser contratada.
O banco chileno apresentou um estudo feito pela Universidade do Chile, que foi considerado insuficiente pelo organismo do Banco Mundial.
A reclamação dos minoritários, que tentam há pelos menos três meses anular a fusão diante da Justiça americana, é a de que teria sido feita, na verdade, uma aquisição pelo banco presidido por Roberto Setúbal.
A palavra fusão teria sido usada pelas duas partes para evitar um processo de recompra de ações dos minoritários e, ao mesmo tempo, driblar o pagamento de impostos ao governo do Chile. O IFC, do Banco Mundial, quer saber exatamente o que está acontecendo.