Algumas agências do Barisul da região Sul do Rio Grande do Sul estão adotando uma prática que, apesar de inconcebível no mundo atual, é cada vez mais frequente em algumas empresas: o assédio moral, conduta abusiva que pode ser praticada através de gestos, palavras, comportamentos, atitudes. O Assédio Moral atenta, seja por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade ou integridade física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho.
Conforme denúncia do Sindicato dos Bancários de Pelotas, a situação numa determinada agência da região é talvez a que foi mais longe em termos de assédio: A gerência simplesmente instalou um sensor de presença nos banheiros da agência, onde os funcionários não podem permanecer por mais de um minuto, pois a luz se apaga após esse tempo. Este é um inacreditável exemplo de onde o assédio pode chegar em termos de humilhação dos trabalhadores.
Essa exposição à tirania é mais frequente em relações hierárquicas autoritárias, nas quais predominam condutas negativas, relações desumanas de longa duração, exercidas por um ou mais chefes contra os subordinados, ocasionando a desestabilização da vítima com o ambiente de trabalho.
Veja algumas atitudes que caracterizam assédio moral:
* Controlar o tempo de permanência no banheiro através de sensor de presença (mais de um minuto a luz se apaga)
* Funcionários humilhados por meio de broncas, gritos e até xingamentos, levando-os ao choro e muitas vezes ao desgaste emocional;
* Quando há prática antisindical. É atribuída ao Sindicato e seus dirigentes a culpa por questões que são legítimas de serem defendidas, como cumprimento de leis, boas condições de trabalho, melhores salários, manutenção do emprego;
* Relações interpessoais hierárquicas que dividem os colegas entre colaboradores e não colaboradores, prática que piora substancialmente o ambiente de trabalho.