Representantes dos bancários estiveram nesta última quinta 11 em Brasília, para reunião com a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT). O objetivo das lideranças sindicais da Contraf/CUT, Fetec/CUT-SP, Fetec Centro-Norte e Seeb/MT foi prestar solidariedade à parlamentar, que no último dia 3 presenciou assalto com tiroteio em agência do Banco do Brasil, na cidade de Comodoro (MT), além de pedir apoio no debate do projeto de estatuto da segurança privada, em discussão pela Polícia Federal, que será enviado ao Congresso Nacional para atualização da lei federal nº 7.102/83 sobre o assunto.
Na oportunidade, os representantes sindicais fizeram o relato sobre a falta de segurança nas agências e postos bancários, como fruto da falta de investimentos e desrespeitos à legislação p or parte dos bancos. Também expuseram as propostas de mudança na legislação, destacando os avanços em relação à lei vigente e apontando lacunas na fiscalização.
De acordo com o representante da Fetec SP, Gutemberg de Souza Oliveira, que esteve presente no encontro, apesar da existência de lacunas, a categoria apóia a proposta atualmente em debate, de iniciativa da Polícia Federal e Ministério da Justiça.”Embora nossas reivindicações vão além, estamos atuando de maneira a que os debates não emperrem em divergências”.
Conforme Gutemberg, a idéia do encontro com a senadora foi pedir apoio em uma luta que não é somente dos bancários, mas de toda a sociedade. “Os empresários se valem do poder econômico para verem suas reivindicações ate ndidas e nós, trabalhadores, também temos que buscar o maior número possível de apoios para que nossas reivindicações também sejam atendidas, de forma a beneficiar bancários, vigilantes, clientes e usuários de bancos”.
O dirigente explica que o foco dos trabalhadores é a prevenção. “Infelizmente, os bancos são atrativos para a criminalidade. Por isso, eles têm de investir em segurança, de forma a preservar não apenas o patrimônio, mas principalmente a saúde, a integridade e a vida das pessoas”, explica Gutemberg.
A senadora mostrou-se sensibilizada com a causa e se comprometeu em usar sua recente experiência de falta de segurança nos bancos em favor da luta dos bancários. “Pedirei à assessoria legislativa que acompanhe a trami tação da nova lei. Vou fazer pronunciamento no Senado sobre a questão e votarei a favor da lei”, antecipou a parlamentar.